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Politica Brasil
Terça - 22 de Fevereiro de 2005 às 07:03
Por: Karoline Garcia

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O deputado federal Pedro Henry (PP) resolveu endurecer o discurso e afirmou ontem que, a partir de agora, fará uma avaliação rigorosa das indicações que forem dadas ao partido em relação a ministério no governo Lula. “O ministério terá que ter mais porte e mais afinidade com o indicado do partido e com o próprio partido. Agora vai depender muito da área que nos for oferecida”, afirmou Pedro Henry que aguardava em sua residência o presidente do Partido Progressista, Pedro Corrêa para um jantar.

Corrêa participou de uma reunião no Palácio Planalto ontem durante toda a tarde. Segundo Henry, a pauta do encontro com pessoas próximas ao presidente era nada menos que ministério. “Só vou saber como foi a conversa por lá mais tarde”, disse o deputado que continua sendo o nome forte do PP para assumir a função.

Pedro Henry deu sinais claros de que a pasta de Esportes, uma das mais cotadas, estaria descartada, ao menos, para o partido. Demonstrando já saber qual seria, Henry faz mistério, no entanto, lançou mais uma questão: o PP não estaria satisfeito com apenas um ministério.

Na queda de braço já estabelecida, os progressistas aguardam agora a interferência do recém eleito presidente da Câmara Federal, Severino Cavalcanti(PP), a bola da vez no Congresso, segundo os próprios deputados. Na sexta-feira à noite, Cavalcanti foi a um jantar na casa de Pedro Henry, que no sábado, foi almoçar na casa da liderança.

“A regra do jogo será dada por ele. O nível de dependência do governo em relação à Câmara é muito grande e isso acaba facilitando o diálogo”, disse Pedro Henry. Dentre as possibilidades de pressão que o governo federal pode sofrer por conta das novas exigências do Partido Progressista estão desde aberturas de CPIs até a protelação na votação de matérias do Executivo, já que é na Câmara que “tudo se resolve”.

Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, Severino Cavalcanti, que passou a ser a maior liderança do PP no país, considerou que o tratamento que ele deseja do Planalto significa um ou dois ministérios, e rápido. "Se eles querem esperar, eu prefiro que ele [Lula] faça rápido". Sobre qual pasta, brincou: "Prefiro a da Fazenda, que é para a gente tomar logo conta de tudo”, diz trecho da entrevista. Porém, Henry acredita que só após a Semana Santa terão novidades. Sobre o fortalecimento do PP em Mato Grosso, o deputado disse que em breve promoverão encontros regionais, no entanto, tudo ainda depende das conversas sobre o primeiro escalão do governo.





Fonte: Diário de Cuiaba

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