Para magistrados, ministros nomeados por Dilma e Lula mostraram "independência em relação a quem os nomeou"
Juízes federais defendem o Supremo no julgamento do mensalão
Em nota pública divulgada na tarde desta sexta, a Associação dos Juízes Federais (Ajufe), entidade de classe de âmbito nacional da magistratura federal, sustenta que o julgamento da ação penal 470 se pauta "pelo respeito aos princípios constitucionais garantidores de um processo penal justo, especialmente o contraditório e a ampla defesa".
"Trata-se de julgamento técnico, tendo todos os votos sido devidamente fundamentados em seus aspectos fáticos e jurídicos, como determina a Constituição", destaca a nota dos juízes federais, subscrita pelo presidente da Associação, desembargador Nino Oliveira Toldo.
Os juízes federais asseveram que "a independência da magistratura é garantia fundamental do Estado Democrático e os ministros do STF deram mostras disso, honrando o Poder Judiciário".
Para os magistrados federais, a irresignação quanto às penas que vêm sendo aplicadas "é perfeitamente compreensível dentro do contexto e, por essa razão, a crítica do PT deve ser recebida como expressão de inconformismo, no exercício da liberdade de expressão, nada mais do que isso".
A entidade dos juízes federais argumenta que o julgamento do mensalão deve ser recebido dentro da normalidade do Estado Democrático de Direito, "não havendo espaço para a politização da matéria".
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