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Nacional
Segunda - 21 de Fevereiro de 2005 às 17:03
Por: Keite Camacho

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Brasília - A reunião entre o governador de Goiás, Marconi Perillo, e o prefeito de Goiânia, Íris Resende, para decidir sobre a desapropriação ou não da área do Condomínio Sonho Real, no Parque Oeste Industrial, em Goiânia, não foi conclusiva. Existe a possibilidade de desapropriar a área para destiná-la às famílias sem-teto, mas o representante da família proprietária do terreno, o advogado Miguel Cançado, não compareceu à reunião. Os donos do terreno devem cerca de R$ 2,5 milhões em impostos não-pagos durante três anos.

Na última sexta-feira (18), uma reunião realizada no Paço Municipal definiu a criação de uma comissão para discutir a situação dos sem-teto do Parque Oeste Industrial, que ficaram sem abrigo. Dois dos feridos na operação da Polícia Militar, Anael Antônio Moreira e Marcelo Henrique Dias, continuam hospitalizados. Os dois entraram na emergência do Hospital de Urgências de Goiânia na última quarta-feira, dia 16, com perfurações à bala.

Anael e Marcelo estão entre os feridos da desocupação do Condomínio Sonho Real. A operação foi realizada por dois mil homens da polícia militar, para cumprir mandado de reintegração de posse, e deixou dois mortos e vinte e quatro feridos. A situação clínica deles é considerada estável, pelo serviço de informações do hospital.

Marcelo Henrique Dias, um dos feridos, está com um projétil alojado na coluna e corre o risco de ficar paraplégico, de acordo com Milton Gonçalves Filho, chefe do Serviço de enfermagem. Cláudio Dreves, Procurador Regional dos Direitos do Cidadão em Goiás, esteve com Marcelo pela manhã.

As investigações da Polícia civil estão em andamento para apurar a questão da ocupação e da operação de reintegração de posse do Condomínio Sonho Real, a tentativa de homicídio contra o tenente Ricardo Mendes e as mortes de dois sem-teto. Dos 23 mandados de prisão contra líderes da ocupação do Parque Oeste Industrial, 16 já foram cumpridos e todos os presos liberados.

De acordo com o delegado Valdir Soares (do 22º distrito policial de Goiânia), outras seis pessoas que foram presas durante a operação, continuam detidas. Elas possuíam mandados de prisão expedidos, por homicídio, estupro e assalto.





Fonte: Agência Brasil

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