China continuará pesquisa de células-tronco apesar de ONU proibir

A China levará adiante a pesquisa sobre a clonagem de células-tronco apesar da declaração da ONU de que proíbe qualquer forma de clonagem humana, informou nesta segunda-feira o jornal oficial China Daily.

"A clonagem terapêutica abre perspectivas para a substituição de células mortas que melhorará a saúde dos seres humanos", assinalou Wang Hongguang, presidente do Centro Nacional para o Desenvolvimento da Biotecnologia.

A tecnologia chinesa em investigação sobre clonagem está alcançando um papel de liderança entre os países em desenvolvimento, segundo Wang, "mas ainda há um longo caminho" em relação aos mais desenvolvidos.

No fim de semana, o Comitê Legal da ONU proibiu qualquer forma de clonagem humana contrária à dignidade humana, uma proposta apoiada por 71 países, liderados pelos EUA e a Alemanha, enquanto recebeu o voto contra de outros 35, entre eles China, Bélgica e Reino Unido.

A China votou contra porque "a declaração era imprecisa e a proibição de qualquer tipo de clonagem humana contrária à dignidade pode levar a mal-entendidos ao tratar a clonagem terapêutica", disse Seu Wei, representante chinês na reunião.

No entanto, o jornal assinalou que o governo chinês mantém sua postura de se opor a qualquer forma de clonagem reprodutiva humana, uma proibição vigente desde janeiro de 2004, mas continuará apoiando a investigação em células embrionárias para o tratamento e a prevenção de doenças.

A China poderia se tornar um dos principais países em matéria de clonagem terapêutica e fornecedor de células embrionárias para outros países, segundo especialistas citados pelo Jing Bao, um jornal de Pequim.