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Politica Brasil
Segunda - 21 de Fevereiro de 2005 às 09:44

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Com o aumento da área plantada e com a autorização do plantio de soja transgênica, aprovada por meio de uma Medida Provisória, em outubro passado, as empresas de pesquisa já começam a anunciar variedades geneticamente modificadas (GM) disponíveis em escala comercial, apesar de ainda necessitar da aprovação da Lei de Biossegurança, para que, então, as sementes adaptadas às diversas regiões do País, possam ser comercializadas.

A Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola (Coodetec) já está multiplicando a variedade CD 219 RR e deve disponibilizar cerca de 1 milhão de sacas do produto que está sendo testado principalmente em Mato Grosso e com características específicas para o Centro-Oeste brasileiro.

O pesquisador Carlos Eduardo Donin, responsável pela base de pesquisa da empresa em Primavera do Leste (239 quilômetros ao Centro-Sul de Cuiabá), explica que a variedade CD 219 RR é resistente ao glifosato, mas não apresenta resistência ao nematóide e as sementes poderão ser vendidas para a próxima safra, já que atualmente a empresa multiplica a variedade em 25 mil hectares (ha) em todo o Mato Grosso, além do Mato Grosso do Sul.

Ele acredita que para a safra 2005/06, além da variedade transgênica já apresentada aos produtores, a Coodetec poderá estar lançando outras duas variedades de soja transgênica para serem multiplicadas com linhagens e características procuradas pelos produtores.

A produtividade média da variedade transgênica que está sendo multiplicada é de 65 sacas por hectare, dependendo do solo, clima, adubação e ataque de doenças como a Ferrugem Asiática. Donin destaca como principal vantagem do material transgênico o poder vegetativo e a resistência a ervas daninhas.

"Nosso material também vem apresentando maior tolerância a Ferrugem, mas isso não quer dizer que o produtor não precisará fazer a aplicação de fungicidas, ao contrário. A variedade CD 219 RR é certificada e só será comercializada após a autorização da União, mesmo que tenhamos que arcar com os prejuízos", assegura.

O pesquisador também garante que a utilização do material transgênico vai garantir um custo de produção pelo menos 10% menor se comparado à soja convencional. "Também estamos fazendo experiências no Paraná com soja transgênica para elevar o nível protéico da soja para atender nichos específicos de mercados, o que é possível por meio da biotecnologia", enfatiza.





Fonte: Diario de Cuiaba

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