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Pecuaristas versus supermercados
A propósito do artigo “Pecuarista despolitizado”, publicado neste espaço na última terça-feira, dia 15, recebi convite do diretor da Rede de Supermercados Modelo, de Cuiabá, e ex-presidente da Associação Barsileira de Supermercados, Altevir Magalhães, para uma conversa a respeito do assunto. Ele não concorda a com tese do presidente da Associação dos Proprietários Rurais de Mato Grosso, Ricardo Cunha, manifesta naquele artigo, para quem os supermercados estão cartelizando a venda da carne por preço alto, em detrimento do pecuarista que recebe preço baixo lá na ponta da produção.
Ele disse-me que esse debate é antigo, mas está com o foco errado: “nós da área de supermercados somos parte do problema e da solução”. Altevir considera que o dólar baixo, de fato, prejudica muito os pecuaristas na exportação. E é preciso exportar porque o mercado interno não tem renda para absorver a produção de carne. “É um produto nobre para a maioria da população sem renda”, diz ele.
Quando o pecuarista enxerga o supermercado como causa de seus problemas, está tratando o problema no lugar errado.Um dos problemas, aponta, é o frango, com baixo custo de produção e de venda, na razão de R$ 2 o quilo contra R$ 6 da carne.
Por tudo isso, o ideal seria que os supermercados, os frigoríficos e os pecuaristas discutissem o conjunto dos seus problemas, mesmo assim, esperando soluções difíceis e demoradas. Um pouco dessas questões, arrisca Altevir, “é tratar os problemas da pecuária da porteira para dentro e da porteira para fora. Dessa forma, a crítica genérica acaba produzindo a sensação de que tomo mundo é ladrão”.
De fato, o mercado da carne vive uma transição até de identidade, pela concorrência das carnes brancas, pela crescente participação dos supermercados na venda das carnes de gado, e pelas oscilações dos mercados internacionais e, por fim, o câmbio com dólar barato. O assunto é grave num setor que está evoluindo tecnologicamente, produz bem, investe muito e não sendo remunerado à altura.
EM TEMPO: Recebi telefonema do vice-prefeito de Cuiabá, Luiz Soares, a respeito do artigo do último sábado, dia 05, “Guerra muito antecipada”, onde citei o exemplo da disputa interna no PSDB, entre o senador Antero Paes de Barros e o então prefeito de Cuiabá, Roberto França, pela indicação a candidato ao governo em 2002. Luiz Soares corrigiu-me a data para 2001, e não 2002 como citei. De fato, ele está certo. Outra correção, foi a de que chamada “Comissão do Entendimento”, que não era presidida pelo governador Dante de Oliveira, mas por ele, Luiz Soares. Ficam as correções. O mais daquela disputa correram por conta de desentendimentos internos no PSDB, na conhecida “fogueira das vaidades”, que rendeu as derrotas conhecidas nas eleições de 2002.
Onofre Ribeiro é articulista deste jornal e da revista RDM
onofreribeiro@terra.com.br
Ele disse-me que esse debate é antigo, mas está com o foco errado: “nós da área de supermercados somos parte do problema e da solução”. Altevir considera que o dólar baixo, de fato, prejudica muito os pecuaristas na exportação. E é preciso exportar porque o mercado interno não tem renda para absorver a produção de carne. “É um produto nobre para a maioria da população sem renda”, diz ele.
Quando o pecuarista enxerga o supermercado como causa de seus problemas, está tratando o problema no lugar errado.Um dos problemas, aponta, é o frango, com baixo custo de produção e de venda, na razão de R$ 2 o quilo contra R$ 6 da carne.
Por tudo isso, o ideal seria que os supermercados, os frigoríficos e os pecuaristas discutissem o conjunto dos seus problemas, mesmo assim, esperando soluções difíceis e demoradas. Um pouco dessas questões, arrisca Altevir, “é tratar os problemas da pecuária da porteira para dentro e da porteira para fora. Dessa forma, a crítica genérica acaba produzindo a sensação de que tomo mundo é ladrão”.
De fato, o mercado da carne vive uma transição até de identidade, pela concorrência das carnes brancas, pela crescente participação dos supermercados na venda das carnes de gado, e pelas oscilações dos mercados internacionais e, por fim, o câmbio com dólar barato. O assunto é grave num setor que está evoluindo tecnologicamente, produz bem, investe muito e não sendo remunerado à altura.
EM TEMPO: Recebi telefonema do vice-prefeito de Cuiabá, Luiz Soares, a respeito do artigo do último sábado, dia 05, “Guerra muito antecipada”, onde citei o exemplo da disputa interna no PSDB, entre o senador Antero Paes de Barros e o então prefeito de Cuiabá, Roberto França, pela indicação a candidato ao governo em 2002. Luiz Soares corrigiu-me a data para 2001, e não 2002 como citei. De fato, ele está certo. Outra correção, foi a de que chamada “Comissão do Entendimento”, que não era presidida pelo governador Dante de Oliveira, mas por ele, Luiz Soares. Ficam as correções. O mais daquela disputa correram por conta de desentendimentos internos no PSDB, na conhecida “fogueira das vaidades”, que rendeu as derrotas conhecidas nas eleições de 2002.
Onofre Ribeiro é articulista deste jornal e da revista RDM
onofreribeiro@terra.com.br
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/358686/visualizar/
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