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Politica Brasil
Sábado - 19 de Fevereiro de 2005 às 13:27
Por: Nelson Francisco

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Arica, Chile - Na avaliação de Serafim Carvalho, diretor da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt) e assessor de Comércio Exterior da Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), o mais importante nessa Expedição Internacional pela Bolívia, Peru e Chile está sendo a possibilidade de discutir a consolidação do mercado complementar. "Nos trazermos carne para cá e voltarmos com frutos do mar, como peixes, bebidas, condimentos, azeite. Isso é factível, como levar as trutas do Lago Titicaca, da Regiao de Puno, no Peru", explicou.

Para ele, o importante é estabelecer uma estratégia envolvendo os governos regionais procurando um melhor relacionamento entre eles, discutindo de que forma se podereia encontrar soluções para o desenvolmente das fronteiras. "O Chile também é uma fronteira difícil", disse Carvalho. Segundo Serafim Caralho, em junho vai haver eleição para departamentos na Bolívia e isso é importante porque os departamentos terão autonomia, como existe nos Estados brasileiros, sem ter que pedir autorização para o governo central, em La Paz. "É um fator importante que vai favorecer a questão da integração", observa.

Voltando a questão dos portos visitados, Serafim Carvalho disse que a produção mato-grossense de grãos está até acima da capacidade de todos os portos da costa do Pacífico, desde Antofagasta, passando por Mejillones, Iquique, Ilo e Matarani soma dez milhões de toneladas disponíveis para esse movimento. Somente Mato Grosso produz 17 milhões de toneladas de grãos. "Não podemos deixar de embarcar grãos numa ferrovia moderna como a Ferronorte, que transporta dez milhões de toneladas por ano para colocar soja num caminhão para chegar aqui. Isso não se cogita mais. Criou-se uma imagem que a redenção dos portos dos dois países seria a soja de Mato Grosso", explicou. Para ele, a soja não vai chegar nestes portos, não por causa das condições, mas porque é muito mais caro para se fazer esse transporte.

Outra alternativa para se intensificar mais as relações intra-regionais, dinamizando o comércio e integração e que será discutida no Seminário Internacional de Infra-Estrutura Multimodal, em março, em Cuiabá, é a criação de um grupo de governadores que vão pensar a integracao regional junto com as entidades empresariais. "Cada um vai mostrar seus projetos e divedem as tarefas", disse Carvalho, que também se mostra favorável a sugestão do presidente do Governo de Tacna, Julio Alva Centurión, de se criar um bloco econômico entre Brasil (Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), Bolívia (Cochabamba, Santa Cruz de La Sierra, La Paz e Oruro), Peru (Governo de Puno, Moquegua, Arequipa e Tacna).

Segundo Serafim, está idéia já foi aplicada há muitos anos no grupo empresário Inter-regional do Centro-Oeste Americano (do qual ele foi presidente por quatro anos) que uniu províncias da Argentina, Pparaguai e Bolívia. "Se estendermos isso agora vai envolver 20 governadores e entidades empresariais. Isso é uma grande forca para ir até o presidente da República e dizer o que queremos", concluiu Serafim Carvalho.





Fonte: Secom - MT

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