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Politica Brasil
Sexta - 18 de Fevereiro de 2005 às 07:43
Por: Severino Motta

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O presidente da MT Saúde, Yuri Bastos Jorge (PFL), pode ser processado pela Justiça por supostamente ter ameaçado de agressão o procurador-geral de Justiça, João Batista de Almeida, que também é seu sogro. Numa audiência realizada ontem no juizado especial, a denúncia foi formalizada e agora será encaminhada para um juiz decidir se aceita ou não a denúncia. Caso seja comprovada a ameaça, a condenação não implicará em prisão.

Também na audiência foi acertada a transação de um outro processo que pesava contra Yuri, de que ele teria agredido fisicamente sua esposa, Nádia Regina de Almeida, enquanto a mesma estava no pós-operatório em função de uma lipoaspiração. Segundo Eduardo Mahon, advogado de Yuri, a proposta de conciliação partiu de Nádia, que queria o arquivamento do processo.

A transação estipulou que Yuri pagará 12 cestas básicas, duas por mês, para o Hospital do Câncer. O advogado frisou que tal pagamento não é reconhecimento da culpa de Bastos, sim a conciliação. Numa gravação de uma conversa telefônica entre Yuri e sua esposa, a mesma afirma que a denúncia sobre agressões físicas partiu de sua irmã e que nunca havia sido agredida pelo marido. Nádia afirmou ter sido usada, e lamentou que o episódio acabou com a reputação de Yuri, de sua própria e ainda a do filho do casal.

Sobre a ameaça de agressão, o procurador de Justiça João Batista, afirmou ter entrado com uma denúncia-crime na Justiça devido à sua posição profissional, além de garantir que qualquer eventualidade seja resolvida pelos instrumentos legais. “Entrei na Justiça para me resguardar. Num telefonema ele afirmou que iria me agredir caso não visse seu filho, que à época tinha 10 meses”.

O procurador ainda disse ter tomado tais medidas para não sofrer com uma possível briga pública com seu genro. Disse também que “Yuri tem muitos inimigos, alguma coisa poderia acontecer com ele e a culpa recair sobre mim”. O advogado do procurador informou que, caso a denúncia seja levada a cabo e Yuri culpado, a condenação seria uma “pena mínima”, e não o levaria para a cadeia.




Fonte: Folha do Estado

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