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Politica Brasil
Sexta - 18 de Fevereiro de 2005 às 06:52

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Apesar do interesse de Mato Grosso na pavimentação da estrada que liga Cáceres à cidade de Concepcion, o governo da Bolívia não planeja asfaltar o trecho de aproximadamente 450 km e que é uma das principais reivindicações do governador Blairo Maggi (PPS).

De acordo com o chefe do Executivo estadual, a confirmação foi dada pelo próprio presidente Carlos Messa. Maggi se reuniu com Messa na terça-feira à noite, em La paz, capital da Bolívia. Na ocasião, o governador admitiu ter se frustado com o posicionamento do presidente. O trecho é um dos principais elos entre Mato Grosso e o Pacífico. Messa também negou ter conhecimento das críticas de Maggi, que discorda do excesso de pedágio nas rodovias bolivianas.

"Ele me disse que a Bolívia tem outras prioridades e que, atualmente, o maior objetivo do país é a pavimentação da rodovia que liga Santa Cruz ao Porto Soares, no Estado de Mato Grosso do Sul. Apesar do Brasil já ter disponibilizado dinheiro suficiente, o Fundo Monetário Internacional (FMI) não permitiu o empréstimo", revelou Maggi, já em Puno, interio do Peru. Ele alega que o Ministério das Relações Exteriores do Brasil já garantiu cerca de R$ 600 milhões para a obra. O FMI, por outro lado, só liberaria a transação após a Bolívia pagar suas parcelas referentes à dívida externa do país.

A pavimentação do trecho seria o grande impulsionador para a integração entre Mato Grosso, Bolívia, Peru e Chile. Com essa ligação, Mato Grosso terá condições para se tornar o centro econômico da América do Sul. Num raio de aproximadamente 1,5 mil km, o Estado teria ligação direta com o norte do Chile; La Paz, capital da Bolívia; o sul do Peru; Assunção, no Paraguai; e o norte do Argentina; além do já consolidado elo entre Goiânia (GO), Brasília, Porto Velho (RO) e o oeste paulista. Cuiabá também faria parte do itinerário.

Outra vantagem seria a ligação direta com La Paz, vértice de um triângulo com saída para o sudoeste do Brasil, passando por Corumbá (MS) em direção a Cáceres; e nordeste, passando por Porto Velho. Cálculos menos otimistas mostram que a ligação com o pacífico pode baratear o frete em 10%, se comparado ao pago através das rodovias brasileiras, que geralmente




Fonte: A Gazeta

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