Falta de informações impede Defesa Civil de reconhecer dificuldades de municípios

Brasília - O noroeste de Minas Gerais tem sofrido com a chuva desde janeiro. Até o momento 20 municípios decretaram situação de emergência, mas apenas Unaí teve a situação reconhecida pela Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec). Foram enviados ao município medicamentos para prevenir as doenças causas pela inundação, como a leptospirose e o início do ano letivo da cidade também foi adiado, devido à ocupação das escolas pelos desabrigados.

O problema, segundo o coronel Jorge do Carmo Pimentel, secretário Nacional de Defesa Civil, é a falta de detalhamento da situação do município no documento da decretação. "São coisas simples, mas que infelizmente as prefeituras não fazem, como por exemplo a avaliação de danos e o mapeamento da área afetada", disse.

O pedido de reconhecimento da situação de emergência ou do estado de calamidade pública não significam pedidos de ajuda. "Nenhuma população pode ficar sem alimentação, água e abrigo, nem isolada. Isso o governo federal garante. Agora, a reconstrução daquilo que foi destruído pela chuva precisa ser quantificado e qualificado pela prefeitura para que o município possa ser reconstruído", disse o secretário.

De acordo com Pimentel, o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres da Secretaria Nacional de Defesa Civil avisa os municípios, com até três dias de antecedência, da possibilidade de anormalidades climáticas. No momento do desastre é obrigação do município ter a defesa civil preparada para socorrer a população. O governo federal só intervém depois de esgotados os meios de ajuda e recursos para a população atingida e reconstrução da cidade.