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Politica Brasil
Segunda - 14 de Fevereiro de 2005 às 08:01
Por: Ana Sachs e James Cimino

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O empresário e bacharel em direito Cláudio Roberto Ferreira de Oliveira, 24 anos, foi morto na madrugada de sexta-feira (11) com quatro tiros quando se aproximava de seu carro, em frente à casa noturna Rock Brasil, em Moema (zona sul de São Paulo). Segundo Juliano dos Santos, 31 anos, e Richard Christian Kocher, 34 anos, amigos do rapaz que testemunharam o assassinato, o autor do crime foi o segurança da casa, Oséas Rodrigues da Silva, 26 anos, que está foragido. O crime ocorreu por volta das 5h.

As duas testemunhas disseram à polícia que o rapaz teria reclamado de três homens que furavam a fila para fazer o pagamento na saída do Rock Brasil. O segurança teria se negado a ajudá-lo por ser amigo dos rapazes.

No entanto, há controvérsias sobre a origem da briga, que, de acordo com o boletim de ocorrência, começou dentro do bar. Oliveira e seus dois amigos teriam se desentendido com os três rapazes, foram obrigados pelo segurança a deixar o local, mas resistiram e iniciaram uma discussão, já fora do bar.

Quando decidiu ir embora, ao se aproximar de seu carro, Oliveira foi atingido por um tiro na nuca, outro nas costas e dois na cabeça. Ele foi levado para o Hospital São Paulo, onde faleceu. William Almeida Vieira e Everaldo da Silva Bernaldo - dois dos três homens que teriam provocado a discussão com Oliveira - prestaram depoimento e foram liberados pela polícia.

Outro ponto nebuloso é a origem da arma. Segundo os amigos do empresário, ela teria sido passada ao segurança pelos rapazes que furaram a fila. A polícia não sabe de quem era a arma utilizada.

O enterro aconteceu às 10h30 de ontem, no Cemitério Congonhas. Amigos e parentes da vítima disseram que fariam um protesto em frente ao bar às 23h de ontem. Os responsáveis pela casa noturna Rock Brasil não foram localizadas até às 20h de sábado.

Família

Cláudio Roberto Ferreira de Oliveira, 24 anos, havia se formado em direito no ano passado e iria tentar, neste ano, tirar a carteira da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

"Conseguimos juntar dinheiro para que ele pudesse prestar o exame'', conta a mãe, Claudete Ferreira de Oliveira, 56 anos. "Nada poderá trazer meu filho de volta''.

Cláudio morava no bairro Vila Joaniza, na zona sul da capital, e trabalhava na empresa de exportação do pai. Segundo os familiares, gostava muito de sair com os amigos e ia com freqüência ao bar Rock Brasil.




Fonte: FolhaPress

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