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Politica Brasil
Segunda - 14 de Fevereiro de 2005 às 07:18
Por: Lígia Tiemi Saito

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O ex-prefeito de Cuiabá, Roberto França (PPS), garante que a situação atual da Prefeitura é bem mais favorável do que quando iniciou seu primeiro mandato, em janeiro de 1997. O socialista afirma que enfrentou dificuldades ainda maiores do que Wilson Santos (PSDB) tem encontrado atualmente no comando do Palácio Alencastro. "Ele devia quatro meses à empresa de lixo, eu peguei com 12 meses de atraso. Se Wilson devia à Câmara um mês, eu peguei com cinco meses de duodécimo atrasado. Se deixei duas folhas atrasadas, eu peguei com cinco folhas", assinala. França diz também que R$ 400 milhões da dívida que o Executivo possui não foram geradas pela administração dele. "É bom enfatizar que foram geradas pelas administrações anteriores".

Conforme o ex-gestor, para que a situação da Prefeitura melhore, é preciso deixar divergências político-partidárias de lado e colocar os interesses da cidade em primeiro lugar. "O que fiz para Wilson ninguém fez para mim. Retirei da Câmara o orçamento, entreguei para a equipe econômica dele fazer um novo, como ele bem entendesse", salienta. O socialista destaca que a reforma administrativa, aprovada ainda em 2004, economizou tempo para o tucano. "Se ele fosse propor agora, iria perder uns seis meses", acredita. França assinala como pontos positivos a nova Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o lançamento do IPTU para janeiro. "Proporciona a ele uma arrecadação de R$ 8 a R$ 10 milhões já no início de sua gestão".

Além disso, o ex-prefeito frisa que sua equipe conseguiu aumentar o índice do ICMS, que era de 14,5% para quase 16%. "Isso proporciona R$ 25 milhões a mais por ano, ou seja, R$ 100 milhões nos quatro anos de governo". Em relação à dívida ativa, França diz que ajuizou 20 mil ações de cobrança. "Deixamos mais de R$ 100 milhões para serem recebidos da população. Fala-se muito só da dívida que ficou. Não se fala dos créditos que deixamos". Sobre as críticas do presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Ubiratan Spinelli, que considerou difícil o julgamento de sua conta, França discorda da forma como os técnicos fizeram a análise. "Os pontos abordados foram relativos à educação, dos 25%. Só que os técnicos não queriam lançar merenda escolar. Salário de convênio de professores com o Estado, isso tem que ser lançado também. Aplicamos 26%. Todos os anos eu sempre apliquei mais de 25%. Houve mal-entendido", garante.




Fonte: A Gazeta

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