Programa de Gestão Participativa chega ao Assentamento em Tangará

Mais de duzentos trabalhadores rurais participaram da primeira mobilização do Programa de Gestão Participativa no Assentamento Antônio Conselheiro. No encontro os participantes discutiram, votaram e definiram as prioridades do assentamento, os meios para que os problemas sejam solucionados e as estratégias para o desenvolvimento da comunidade. O resultado do trabalho, segundo o secretário municipal de Planejamento, Carlos Pedro, será um Plano de Ações para os próximos quatro anos. Os dados também serão inseridos no Plano Diretor (plano estratégico de desenvolvimento para os próximos 20 anos).

De acordo com os próprios assentados os principais problemas são a falta de água em várias agrovilas, a falta de médicos, dentistas e veículo para o transporte de pacientes. Transporte escolar de qualidade e educação de qualidade, também são prioridades. As pontes estão em péssimas condições e falta energia elétrica em algumas agrovilas. Outra dificuldade é a falta de um posto telefônico e de uma torre para telefonia celular.

Eles apresentaram como principais problemas atuais as estradas e pontes, e também a necessidade de abertura de algumas estradas interligando agrovilas. O acesso a financiamentos é outro problema. Os assentados também reivindicaram a definição de estratégias para a geração de emprego e renda no campo.

“A gente sabe que nunca antes houve essa atenção, por isso os trabalhadores compareceram, deixaram seus trabalhos em casa e fieram passar um dia inteiro discutindo prioridades e ações. Agora nossa esperança é de que todo esse trabalho não seja esquecido e seja realmente utilizado em benefício da comunidade”, afirmou uma das coordenadoras estaduais do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, Itelvina Masioli, moradora do Assentamento Antônio Conselheiro.