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Ministra diz que não houve apagão, mas desligamento
Brasília - A ministra das Minas e Energia, Dilma Rousseff, disse, por intermédio de sua assessoria, que a falta de energia ocorrida nesta sexta-feira nos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo não foi um apagão, e sim um desligamento na rede provocado por um raio.
Dilma diferenciou os termos, dizendo que apagão e racionamento estão associados a problemas estruturais provocados por desequilíbrio entre oferta e demanda de energia ou por insuficiência de linha de transmissão. Apagão e racionamento são empecilhos, segundo a ministra, ao desenvolvimento econômico, o que não ocorre com desligamentos acidentais. "Nenhum sistema do mundo, por mais protegido que seja, fica totalmente imune à essa situação", disse.
Ela afastou a possibilidade de haver apagão e racionamento do Brasil. "O risco não existe hoje", afirmou. Dilma lembrou que na última segunda-feira já havia reconhecido deficiências no sistema elétrico do Espírito Santo e anunciado que a partir de março ele será fortalecido, com a inauguração da linha de transmissão Ouro Preto-Vitória.
A ministra argumentou que essa linha teve construção autorizada em 2001, mas ficou paralisada até 2003. A obra só foi retomada em dezembro daquele ano, após o governo fazer gestões junto a órgãos ambientais para que fosse concedida a licença de construção.
Sem risco
Enquanto isso, o problema no Espírito Santo continua sendo avaliado pelo comitê de monitoramento do sistema elétrico.
A falta de energia nas cidades cariocas e capixabas aconteceu quatro dias depois de a ministra garantir que não havia risco de novos apagões como o de Sábado passado, quando tadas as cidades dos dois estados e outras de Minas Gerais ficaram sem energia.
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), foram desligadas seis linhas de transmissão de energia. O apagão começou às 15h18 e o fornecimento de energia foi completamente restabelecido às 16h34. Três das linhas desligadas são de Furnas Centrais Elétricas, empresa responsável pelas linhas que provocaram o apagão no primeiro dia do ano. A Aneel deu prazo até as 18 horas de segunda-feira para que Furnas explique as causas do novo blecaute. Segundo a Assessoria de Imprensa da agência, ofício pedindo explicações sobre o que ocorreu foi enviado a Furnas ainda hoje à tarde.
Raios
De acordo com Furnas, duas linhas foram desligadas por conta de raios. Outras quatro foram desligadas em conseqüência da queda das duas primeiras. "Cair raio nas linhas de transmissão é a coisa mais normal do mundo. Agora, o que não é normal é que o Estado inteiro fique sem luz por causa disso. O ONS (Operador Nacional do Sistema) tem de rever os procedimentos", afirmou o secretário de Estado de Energia do Rio, Wagner Victer. O norte e noroeste fluminense e as regiões serrana e dos lagos ficaram sem luz.
As linhas de Furnas desligadas nesta sexta-feira são as que fazem a ligação entre Adrianópolis e Macaé, Macaé e Campos e Campos e Vitória. O fornecimento de energia também foi interrompido em outras três linhas das distribuidoras Escelsa, do Espírito Santo, e Ampla (ex-Cerj), do Rio. Essas linhas fazem a integração Minas e Espírito Santo (de Governador Valadares a Mascarenhas), de Campos a Rocha Leão e de Campos a Cachoeiro do Itapemirim.
"O Estado ficou às escuras por 40 minutos. Ainda não temos avaliação dos prejuízos, mas nosso sistema produtivo parou", disse o secretário de Desenvolvimento Econômico do Espírito Santo, Júlio Bueno. Ele quer acabar com o que classificou de "fragilidade" de seu Estado. "Estamos na ponta da linha. A linha de transmissão Ouro Preto-Vitória está atrasada dois anos. Ela permitiria flexibilizar o sistema, porque receberíamos energia por outro lado. Também temos gás e queremos uma termelétrica."
Presos nos elevadores
Em Vitória, bombeiros tiveram de libertar dezenas de pessoas presas em elevadores. Na Companhia Siderúrgica de Tubarão, o corte no fornecimento de energia resultou em uma sucata de 25 toneladas de aço, correspondente a uma bobina de aço produzida pelo equipamento laminador de tiras a quente.
No Rio de Janeiro, semáforos desligados deixaram o trânsito caótico na região dos lagos, lotada de turistas. A energia foi restabelecida em cerca de meia hora. "Ficamos sem energia por uns 15 ou 20 minutos. O horário não era de pico e não tivemos problema", disse Frederico Guimarães, de 50 anos, diretor de um laboratório de análises clínicas de Itaperuna, no noroeste fluminense.
Dilma diferenciou os termos, dizendo que apagão e racionamento estão associados a problemas estruturais provocados por desequilíbrio entre oferta e demanda de energia ou por insuficiência de linha de transmissão. Apagão e racionamento são empecilhos, segundo a ministra, ao desenvolvimento econômico, o que não ocorre com desligamentos acidentais. "Nenhum sistema do mundo, por mais protegido que seja, fica totalmente imune à essa situação", disse.
Ela afastou a possibilidade de haver apagão e racionamento do Brasil. "O risco não existe hoje", afirmou. Dilma lembrou que na última segunda-feira já havia reconhecido deficiências no sistema elétrico do Espírito Santo e anunciado que a partir de março ele será fortalecido, com a inauguração da linha de transmissão Ouro Preto-Vitória.
A ministra argumentou que essa linha teve construção autorizada em 2001, mas ficou paralisada até 2003. A obra só foi retomada em dezembro daquele ano, após o governo fazer gestões junto a órgãos ambientais para que fosse concedida a licença de construção.
Sem risco
Enquanto isso, o problema no Espírito Santo continua sendo avaliado pelo comitê de monitoramento do sistema elétrico.
A falta de energia nas cidades cariocas e capixabas aconteceu quatro dias depois de a ministra garantir que não havia risco de novos apagões como o de Sábado passado, quando tadas as cidades dos dois estados e outras de Minas Gerais ficaram sem energia.
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), foram desligadas seis linhas de transmissão de energia. O apagão começou às 15h18 e o fornecimento de energia foi completamente restabelecido às 16h34. Três das linhas desligadas são de Furnas Centrais Elétricas, empresa responsável pelas linhas que provocaram o apagão no primeiro dia do ano. A Aneel deu prazo até as 18 horas de segunda-feira para que Furnas explique as causas do novo blecaute. Segundo a Assessoria de Imprensa da agência, ofício pedindo explicações sobre o que ocorreu foi enviado a Furnas ainda hoje à tarde.
Raios
De acordo com Furnas, duas linhas foram desligadas por conta de raios. Outras quatro foram desligadas em conseqüência da queda das duas primeiras. "Cair raio nas linhas de transmissão é a coisa mais normal do mundo. Agora, o que não é normal é que o Estado inteiro fique sem luz por causa disso. O ONS (Operador Nacional do Sistema) tem de rever os procedimentos", afirmou o secretário de Estado de Energia do Rio, Wagner Victer. O norte e noroeste fluminense e as regiões serrana e dos lagos ficaram sem luz.
As linhas de Furnas desligadas nesta sexta-feira são as que fazem a ligação entre Adrianópolis e Macaé, Macaé e Campos e Campos e Vitória. O fornecimento de energia também foi interrompido em outras três linhas das distribuidoras Escelsa, do Espírito Santo, e Ampla (ex-Cerj), do Rio. Essas linhas fazem a integração Minas e Espírito Santo (de Governador Valadares a Mascarenhas), de Campos a Rocha Leão e de Campos a Cachoeiro do Itapemirim.
"O Estado ficou às escuras por 40 minutos. Ainda não temos avaliação dos prejuízos, mas nosso sistema produtivo parou", disse o secretário de Desenvolvimento Econômico do Espírito Santo, Júlio Bueno. Ele quer acabar com o que classificou de "fragilidade" de seu Estado. "Estamos na ponta da linha. A linha de transmissão Ouro Preto-Vitória está atrasada dois anos. Ela permitiria flexibilizar o sistema, porque receberíamos energia por outro lado. Também temos gás e queremos uma termelétrica."
Presos nos elevadores
Em Vitória, bombeiros tiveram de libertar dezenas de pessoas presas em elevadores. Na Companhia Siderúrgica de Tubarão, o corte no fornecimento de energia resultou em uma sucata de 25 toneladas de aço, correspondente a uma bobina de aço produzida pelo equipamento laminador de tiras a quente.
No Rio de Janeiro, semáforos desligados deixaram o trânsito caótico na região dos lagos, lotada de turistas. A energia foi restabelecida em cerca de meia hora. "Ficamos sem energia por uns 15 ou 20 minutos. O horário não era de pico e não tivemos problema", disse Frederico Guimarães, de 50 anos, diretor de um laboratório de análises clínicas de Itaperuna, no noroeste fluminense.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/360608/visualizar/
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