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Garotinho diz que PMDB do Rio vai boicotar Greenhalgh
São Paulo - Por considerar que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva "despreza" o Rio de Janeiro, pelo menos dez dos 11 deputados federais do Estado filiados ao PMDB não votarão no deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), caso venha a ser confirmada a indicação dele para a disputa da presidência da Câmara dos Deputados.
A declaração foi feita pelo secretário de Governo e Coordenação do Rio de Janeiro e ex-governador do Estado, Anthony Garotinho (PMDB), durante entrevista coletiva, após encontro, em São Paulo, de representantes de governadores do partido com o deputado Michel Temer, presidente da legenda.
"A maior bancada de deputados federais do PMDB é formada por representantes do Rio de Janeiro. Eles não sabem como vão votar, mas sabem como não vão: não votarão em Greenhalgh", afirmou o secretário, ressaltando que falava em nome de dez parlamentares do partido.
Segundo Garotinho, o governo Lula discrimina o Estado, não apenas no que se refere à administração da dívida com a União, mas sobretudo por tratar o Estado com arrogância. "Durante o governo Fernando Henrique Cardoso, apesar de toda a crítica que eu fazia ao modelo neoliberal do PSDB, o presidente não descia em solo fluminense, sem ser recebido pelo governador. Com Lula, a governadora Rosinha (Matheus, PMDB) toma conhecimento pelos jornais. Isso é desrespeito", disse.
A arrogância, disse o secretário, também é demonstrada no fato de os ministros de Lula não retornarem telefonemas feitos pela governadora. "É mais fácil falar com o Papa do que com o Palocci", queixou-se, ao citar o ministro da Fazenda, Antonio Palocci.
Garotinho também se mostrou irado com a dificuldade que o Estado enfrenta em obter anuência do governo federal para concluir uma operação financeira com o Banco Itaú, na qual o Estado poderá reaver recursos depositados no antigo Banerj, antes da privatização do banco, comprado pelo Itaú.
"Ontem, o secretário nacional do Tesouro, Joaquim Levy, disse que a operação dependia de parecer da Casa Civil. Dissemos que se tratava de uma operação técnica e não política", observou, ao relatar que o impasse entre as duas esferas de governo está mantido.
Além disso, ele lembrou que, em dezembro, a bancada fluminense estava em obstrução na Câmara para a votação do Orçamento da União, ainda por causa da dificuldade de obter a anuência do governo para a operação. "O Palocci garantiu à bancada que ele resolveria o problema, o que levou os deputados a suspenderem a obstrução. Depois, o Palocci sumiu, sem cumprir com o acordo", acusou.
A declaração foi feita pelo secretário de Governo e Coordenação do Rio de Janeiro e ex-governador do Estado, Anthony Garotinho (PMDB), durante entrevista coletiva, após encontro, em São Paulo, de representantes de governadores do partido com o deputado Michel Temer, presidente da legenda.
"A maior bancada de deputados federais do PMDB é formada por representantes do Rio de Janeiro. Eles não sabem como vão votar, mas sabem como não vão: não votarão em Greenhalgh", afirmou o secretário, ressaltando que falava em nome de dez parlamentares do partido.
Segundo Garotinho, o governo Lula discrimina o Estado, não apenas no que se refere à administração da dívida com a União, mas sobretudo por tratar o Estado com arrogância. "Durante o governo Fernando Henrique Cardoso, apesar de toda a crítica que eu fazia ao modelo neoliberal do PSDB, o presidente não descia em solo fluminense, sem ser recebido pelo governador. Com Lula, a governadora Rosinha (Matheus, PMDB) toma conhecimento pelos jornais. Isso é desrespeito", disse.
A arrogância, disse o secretário, também é demonstrada no fato de os ministros de Lula não retornarem telefonemas feitos pela governadora. "É mais fácil falar com o Papa do que com o Palocci", queixou-se, ao citar o ministro da Fazenda, Antonio Palocci.
Garotinho também se mostrou irado com a dificuldade que o Estado enfrenta em obter anuência do governo federal para concluir uma operação financeira com o Banco Itaú, na qual o Estado poderá reaver recursos depositados no antigo Banerj, antes da privatização do banco, comprado pelo Itaú.
"Ontem, o secretário nacional do Tesouro, Joaquim Levy, disse que a operação dependia de parecer da Casa Civil. Dissemos que se tratava de uma operação técnica e não política", observou, ao relatar que o impasse entre as duas esferas de governo está mantido.
Além disso, ele lembrou que, em dezembro, a bancada fluminense estava em obstrução na Câmara para a votação do Orçamento da União, ainda por causa da dificuldade de obter a anuência do governo para a operação. "O Palocci garantiu à bancada que ele resolveria o problema, o que levou os deputados a suspenderem a obstrução. Depois, o Palocci sumiu, sem cumprir com o acordo", acusou.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/360645/visualizar/
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