Wilson fecha parceria com governo

O vôo de helicóptero sobre Cuiabá rendeu a primeira parceria entre prefeitura e governo do Estado. Uma reunião entre o prefeito Wilson Santos e o secretário de Estado de Infra Estrutura, Luiz Antônio Pagot, realizada ontem pela manhã, garantiu o apoio do governo para a regularização dos “grilos” da capital. A prefeitura já iniciou o cadastramento dos invasores.

“Vamos procurar coibir as invasões recentes e vamos entrar em campo. Eu mesmo vou comandar as negociações com os invasores”, disse o prefeito. Antes da reunião com o secretário Pagot, Wilson Santos e o secretário de habitação do município, Oscar Soares, percorreram os principais “grilos” da capital.

O chefe do Executivo cuiabano vai contar com a estrutura da Secretaria Estadual de Infra Estrutura (Sinfra) para a elaboração de projetos em conjunto que tenham por objetivo resolver o problema habitacional de Cuiabá. “Pretendemos fazer parcerias para mutirões para construção de casas por meio das cestas básicas de materiais para construção”, destacou o prefeito.

O secretário Pagot informou que o projeto do governo é construir 10 mil casas em Cuiabá até o fim do mandato. “Temos um projeto ambicioso de construir 10 mil casas em parceria com a Caixa Econômica Federal e com a prefeitura”, ressaltou o secretário.

Pagot também ressaltou a necessidade de acabar com a invasão do espaço urbano. “As invasões precisam ser coibidas, porque existe um tipo de ‘bandido urbano’, que vive bem e coloca pessoas para passar constrangimentos”, disse ao se referir as pessoas que coordenam as invasões de lotes. “As pessoas que precisam de casas merecem ser atendidas pelo governo, agora essas outras devem ser punidas com o rigor da lei”, ponderou.

Para o secretário é fundamental para o desenvolvimento de Cuiabá fazer uma correta ocupação do espaço urbano. “Esse tipo de crescimento desordenado atrapalha o crescimento”, avaliou.

LONGO PRAZO – Além do problema habitacional, o prefeito e o secretário discutiram a viabilização do projeto de construção da Avenida das Torres, que, com 8,5 km de extensão, pretende ligar o bairro Pedra 90 à Avenida dos Trabalhadores. Segundo Wilson Santos, a prefeitura não têm condições de custear o projeto, por isso a participação do Estado é fundamental para que ele seja viabilizado. “É um projeto que deve ser bancado pelo Estado”, frisou o prefeito.

Porém, a expectativa do Estado, pela complexibilidade e alto custo do projeto, é que ele só seja viável a partir do segundo semestre de 2006. “É um grande investimento e vamos precisar de recursos federais, para isso teremos que entrar em contato com a bancada federal de Mato Grosso”, observou o secretário Pagot.