Eleitos de Primavera do Leste recorrem à AL

Emancipado político-administrativamente há 18 anos, o município de Primavera do Leste, 239 Km de Cuiabá, possui dois presidentes na Câmara Municipal e dois prefeitos, desde o primeiro dia de 2005.

Para resolver os impasses gerados pela cassação do prefeito eleito e a eleição tumultuada da Mesa Diretora, o grupo de políticos ligados a José Gonzaga Tonon (PMDB) esteve reunido com os deputados José Riva (PTB) e José Carlos do Pátio (PMDB), na presidência da Assembléia Legislativa, ontem (4).

O grupo veio pedir auxilio político e buscar parceria da Assembléia Legislativa para que o impasse gerado em Primavera do Leste seja resolvido pacificamente.

Segundo o presidente da Assembléia Legislativa, a eleição de Tonon é legitima e a volta dele à presidência da Câmara é uma questão de tempo. Outro que se intitula presidente da Câmara e prefeito de Primavera é Angelin dos Santos Baraldi (PPS).

“A Justiça vai restabelecer a ordem e a população de Primavera do Leste terá reinstalada a democracia no município. Os vereadores precisam ter capacidade para respeitar uma decisão da Mesa Diretora. Se isentar do Plenário para a votação de uma matéria é válido, mas de eleição da Mesa é inadmissível”, explicou Riva.

O prefeito cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral foi Getúlio Gonçalves Viana (PFL). O motivo, segundo o TRE, está na participação, do então candidato Viana à prefeitura, na inauguração de uma pista de caminhada no município. Com a suspensão dos direitos políticos de Viana pelo TRE, Primavera está sendo administrada pelo vereador Angelin dos Santos Baraldi (PPS), desde o dia primeiro de 2005.

De acordo com José Gonzaga Tonon, o fato de o município possuir dois prefeitos e dois presidentes na Câmara Municipal é uma agressão e um desrespeito a Legislação, aos Poderes constituídos da cidade e à População.

“Com zelo e transparência estamos confiante na Justiça, que ela defina o que deve acontecer. Nosso grupo não quer nada pela força, como o outro grupo está fazendo, queremos pela lei. Preferimos perder pela lei que ganhar pela força”, disse Tonon.