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Cultura
Quarta - 05 de Janeiro de 2005 às 09:34
Por: Laíce Souza

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A Folia de Reis ou Festa da Epifania é uma festa inspirada em costumes católicos com raízes que remetem ao período colonial. No Brasil, a festa foi trazida pelos portugueses, e até meados do século XVIII a comemoração era semelhante à de Portugal, com trocas de presentes na Véspera do Dia de Reis. Com o tempo, a Folia de Reis adquiriu traços mais populares e se misturou a novos elementos, como o candomblé no Rio de Janeiro, ou as congadas em Alagoas. Normalmente, as folias iniciam-se em 24 de dezembro e vão até o dia seis de janeiro.

Durante as procissões, realizadas nesse período, são dramatizadas as passagens bíblicas do nascimento de Cristo, da visitação dos reis magos e da fuga da sagrada família para o Egito. Os foliões caracterizam-se como personagens das histórias e percorrem a cidade recolhendo dinheiro e comida de moradores. Acompanham os foliões tambores, cavaquinhos e pandeiros. A Folia de Reis também é comemorada em Tangará da Serra por um grupo de pessoas que mantêm viva a tradição.

Hoje, os Santos Reis já não são lembrados. O presépio praticamente não existe e só neles é que podemos ver os Magos representados. Outros símbolos foram substituindo a tradição de se montar os presépios, como a árvore de natal e, atualmente, poucas regiões do país ainda mantêm viva a Folia de Reis.

No dia seis de janeiro, os católicos comemoram a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos vindos do Oriente. Na Bíblia, é contada a história dos magos Baltazar, Belchior e Gaspar que acompanharam a estrela de Belém que viram no Oriente e foram atrás dela para encontrar o Salvador.

HISTÓRIA ESIMBOLOGIA:

As referências bíblicas são vagas e o episódio quase passa despercebido dos evangélicos, mas as contribuições da tradição são muitas. O significado dos Reis Magos na Folia dos Reis é amplo e existem diversas interpretações. Estão ligados intimamente às festas do Natal e deles nasceu, praticamente, a tradição do Papai Noel, pois os presentes dados nessa ocasião reproduzem que os magos do Oriente, depois de cumprida a rota que lhes indicava a estrela de Belém, prestaram a Jesus na gruta onde Ele nascera.

Atualmente, pouca gente sabe sobre a origem dos Reis Magos. Os Reis Magos vinham do Oriente e Baltazar, o mago negro talvez viesse de Sabá (terra misteriosa que seria ao sul da Península Arábica ou, como querem os etíopes, a Abissínia). Os Reis Magos simbolizam as três únicas raças bíblicas, isso é, os semitas, jafetitas e camitas. Segundo a tradição é uma homenagem dos homens da terra, ao Rei dos Reis.

Conforme o que conta a história, os Reis eram magos, isto é, astrólogos e não feiticeiros, naquele tempo a palavra mago tinha esse sentido. Eles perscrutavam o firmamento e sentiram-se chocados com a presença de um novo astro e, cada um deles, deixando suas terras depois de consultar seus pergaminhos e papiros cheios de palavras mágicas e fórmulas secretas, tiveram a revelação de que havia nascido o novo Rei de Judá e, que eles deveriam, também, prestar seus preitos ao menino que seria o monarca de todos os povos, embora o seu Reino não fosse desse mundo.

PRESENTES: A história conta que os magos ao chegarem no presépio encontraram apenas animais e os pastores e, inspirados pelo Espírito Santo, curvaram-se diante do filho do carpinteiro de Nazaré e depositaram, ao pé da mangedoura que lhe servia de berço, os presentes: ouro, incenso e mira.

Segundo a tradição cristã, os três Reis Magos simbolizavam os poderosos que deveriam curvar-se diante dos humildes. Os Reis Magos dentro desse simbolismo representam os tronos, os potentados, os senhores da terra que se curvaram diante de Cristo, reconhecendo-lhe a divina realeza. É a busca dos poderosos que vêem em Belchior, Gaspar e Baltazar o exemplo de submissão aos desígnios de Deus e que devem, como os magos, despojar-se de seus bens e depositá-los aos pés dos demais seres humanos, partilhando sua fortuna como dignos despenseiros de Deus. Os presentes de Natal também têm esse sentido. São as ofertas dos adultos à criança que com a sua pureza representa Jesus.

Reflexões:

Num dia extenso com 24 horas, reserve alguns momentos à reflexão.“Quem caminha sem meditar, perde o contato consigo mesmo.“Encurralado nos ponteiros do relógio, ou disparado à frente deles, ou vagarosamente após eles, aturde-se, esquecendo o rumo...“É indispensável ao êxito fazer periódica revisão de metas e ações.“Usando a reflexão, repassarás os equívocos e terás tempo de repará-los e “reprogramarás os deveres e te renovarás com mais facilidade.“Fale menos, dorme um pouco menos e medita mais.“Minutos que desperdiça, se os usares para a meditação, se transformarão “em pontos luminosos do teu dia. JOANNA DE ÂNGELIS




Fonte: Redação DS

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