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Meio Ambiente
Quarta - 05 de Janeiro de 2005 às 06:32

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Baixos níveis de uma proteína-chave podem ajudar os médicos a identificar as mulheres que têm risco de pré-eclampsia durante a gestação, segundo uma pesquisa realizada pelo centro médico americano Beth Israel Deaconess.

Cientistas descobriram que a pré-eclampsia é associada ao baixo nível de uma proteína presente na urina, que é também ligada ao crescimento do vaso sangüíneo.

A pré-eclampsia, que normalmente aparece após a 20ª semana de gestação, faz com que a pressão sangüínea tenha um grande aumento, colocando a mãe e o bebê em risco.

Cerca de 5% de todas as mulheres grávidas desenvolvem a pré-eclampsia. No mundo todo, a doença é uma das principais causas de mortalidade materna e infantil.

A pesquisa foi publicada na revista especializada da Associação Médica Americana.

Monitoramento

A única maneira de identificar que uma mulher sofre de pré-eclampsia hoje em dia é monitorar sua pressão sangüínea com freqüência e testar níveis anormais de proteína na urina durante os três últimos meses de gravidez.

No entanto, depois que o aumento da pressão sangüínea é detectado, pode ser tarde demais para impedir que a doença se desenvolva.

Em uma gravidez normal, a placenta, órgão que vai nutrir a criança durante os nove meses de gravidez, estabelece uma ligação sangüínea para possibilitar as trocas gasosas e de nutrientes.

No entanto, na pré-eclampsia, a placenta não cresce como deveria no segundo trimestre de gravidez e a irrigação sangüínea não é satisfatória.

Os pesquisadores acreditam que esse fato se deva à relação complexa entre três proteínas que controlam esse processo.

E agora eles descobriram que é possível detectar níveis abaixo do normal de uma dessas proteínas, responsável pelo crescimento da placenta, através da urina de uma mulher grávida.

"Conseguir esse diagnóstico mais cedo pode ajudar mulheres com pré-eclampsia a evitar complicações na gravidez", diz o cientista Ananth Karumanchi. "Um simples teste de urina pode ajudar a prever a doença com um ou dois meses de antecedência."

Para Gordon Smith, especialista em obstetrícia da Universidade de Cambridge, o estudo é "interessante e significativo".

Mas, segundo ele, ainda é necessário saber como tratar as mulheres com essa doença depois do diagnóstico.

"Testes como esse da urina podem ser úteis em ajudar a identificar mulheres que precisam monitorar com freqüência a pressão sangüínea, mas o principal desafio é determinar como melhorar o tratamento das mulheres que correm risco", diz Smith.




Fonte: BBC Brasil

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