Polícia prende seqüestradores de jornalista

São Paulo - Com a prisão de três homens, apontados como integrantes de uma quadrilha especializada em seqüestros, no início da noite de ontem, a polícia acredita ter esclarecido o desaparecimento do jornalista e publicitário Ivandel Godinho Jr., de 52 anos. Ele foi seqüestrado no dia 22 de outubro de 2003, na região dos Jardins, na capital paulista.

A família chegou a pagar o resgate de R$ 150 mil. Depois de pago o resgate, os criminosos ligaram, exigindo mais dinheiro, e nunca mais fizeram contato. Na casa indicada pelos suspeitos como local de cativeiro de Ivandel foi encontrada uma ossada humana. Tudo leva a crer que o cadáver havia sido carbonizado. Exames de DNA, no entanto, deverão esclarecer se pertence a Ivandel.

Esse possível esclarecimento do caso teve início com o estouro de outro cativeiro, na zona sul de São Paulo - Rua Pedro Leonino Maris, 224, Vila França -, onde policiais do 11º Batalhão da Polícia Militar Metropolitana liberaram o diretor do Sindicato dos Condutores de Veículos da Capital, Jorge Luiz de Jesus, de 40 anos.

Dois seqüestradores presos nesse local, durante interrogatório, denunciaram três outros que teriam mantido em cativeiro e assassinado o jornalista. Os três, dois maiores e um adolescente em regime de liberdade assistida, admitiram estar envolvidos no seqüestro e na morte de Ivandel, por considerarem pouco o resgate pago pela família. Eles afirmaram que executaram Ivandel na casa que serviu de cativeiro.

Em outubro último, um ano após o desaparecimento, a família de Ivandel promoveu uma manifestação em frente à sua agência de publicidade, na Av. Brigadeiro Faria Lima, em Pinheiros, zona oeste. Lembraram que ele foi retirado de um táxi, perto dali, e levado pelos criminosos em uma motocicleta. Agora, somente o trabalho dos peritos do Instituto de Criminalística da Polícia Científica da capital poderá esclarecer se pertence mesmo a Ivandel a ossada encontrada.