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Meio Ambiente
Terça - 04 de Janeiro de 2005 às 08:27

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São Paulo - Pedras talhadas e outros artefatos datados de 50 mil anos, descobertos em Topper, na Carolina do Sul (EUA), reforçam a tese de que as Américas foram colonizadas pelo homem muito antes do que sugerem as teorias predominantes, que só consideram datações de até 13 mil anos.

Albert Goodyear, antropólogo do Instituto de Arqueologia e Antropologia da Universidade da Carolina do Sul, anunciou suas descobertas recentemente e informou que os artefatos ainda deverão passar pelo exame de carbono 14. Ele confia, entretanto, que os testes confirmarão a datação preliminar.

Outros pesquisadores, como a brasileira Niéde Guidon, sustentam que a presença humana nas américas é anterior aos 13 mil anos. Nos sítios arqueológicos em estudos no Piauí, Niéde localizou restos de fogueiras também com 50 mil anos.

Os novos indícios podem levar a uma mudança na teoria da migração pelo Estreito de Bering, segundo a qual os humanos entraram nas Américas vindos da Ásia, pelo extremo norte. A travessia naquele ponto pode ter ocorrido antes, em alguma glaciação.

A teoria da migração exclusiva via Bering já é posta em discussão pela brasileira Niéde, que vê nos sítios arqueológicos da América do Sul sinais suficientes para pensar que houve muitas correntes migratórias com chegada em diversos pontos das Américas.

Pelos testes de carbono 14, Topper - que fica perto do Rio Savannah - já é considerado o sítio arqueológico mais velho do continente.




Fonte: Agência Estado

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