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Politica Brasil
Terça - 04 de Janeiro de 2005 às 07:56
Por: Valéria Cristina da Silva

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O novo prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), deu sua primeira coletiva ontem à tarde já no exercício da função demonstrando certa contrariedade com todas as dificuldades que vem descobrindo na prefeitura. Uma delas diz respeito às dívidas do município, que ele ainda nem sabe exatamente qual o montante. Mas, está sentindo o problema na pele por ter bloqueados R$ 2,5 milhões em emendas da senadora Serys Slhessarenko, destinados à pavimentação. Apesar dos recursos estarem liberados, a inadimplência da prefeitura com o INSS não permite o recebimento.

Quanto a isso, por enquanto, o prefeito não pode fazer nada. Mas em seus primeiros atos oficiais, além de decretar uma "caça aos fantasmas", com promessa de demissão; ele ainda determinou a revisão de alguns contratos firmados pela prefeitura, inclusive o estabelecido com a empresa responsável pela arrecadação de tributos, a RDM.

Antes disso, no início do dia de ontem, às 6 horas, Santos se reuniu com 13 entidades representativas de servidores e reafirmou seu compromisso de colocar a folha em dia no tempo mais curto possível. Contudo, não estabeleceu qualquer calendário de pagamento. "Eu tomei a iniciativa de procurar os servidores antes que eles me procurassem. Mas eles precisam ter um pouco de compreensão. Fiz até um pedido ao líderes sindicais para que avaliassem a possibilidade de suspensão das greves. Não posso apresentar um calendário de pagamento agora e tenho certeza que eles vão colaborar", ponderou o prefeito.

Como havia dito em campanha, Wilson Santos determinou ontem que todos os servidores públicos municipais que estão à disposição de outros órgãos se apresentem na prefeitura de Cuiabá para um recadastramento. Ele deixou claro que esse recadastramento não significa que o funcionário terá que assumir uma função na prefeitura, mas quem não se apresentar não receberá o salário do mês. Santos garante que fantasmas, que ele diz ter certeza de existirem, serão demitidos. O prefeito também destaca que os servidores à disposição só continuarão assim se não estiverem gerando ônus para os cofres municipais.

Tributos - Em relação à RDM, apesar da arrecadação de IPTU e dívida Ativa terem aumentado depois que a empresa assumiu o serviço, Santos frisa que a maneira de agir da cobrança tem sido "truculenta". Além disso, para ele, a margem de lucro da RDM, que hoje é de 50%, pode ser reduzida. A RDM iniciou suas atividades em contrato com a prefeitura de Cuiabá a partir de janeiro de 2003. De lá para cá o recebimento do IPTU evoluiu 24,67% e da dívida ativa 339,63%.




Fonte: A Gazeta

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