Comercialização externa da Pecuária em crise

Mesmo antes de assumir o mandato de presidente da Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), o atual vice-presidente da entidade Jorge Antonio Pires de Miranda já esboça as ações que devem ser desempenhadas a partir do dia 3 de fevereiro deste ano, quando tomar posse. Para Miranda, a pecuária mato-grossense caminha bem "da porteira para dentro", mas no que diz respeito as relações comerciais externas o setor está passando por um dos piores momentos já vividos.

Pequena rentabilidade das carcaças, preço da arroba do boi em baixa e alto custo dos insumos compõe o panorama que vai ter que ser enfrentado. Um dos aspectos que deve ganhar atenção redobrada durante este ano de 2005 é com relação a pesagem dos novilhos, informação que gera divergências entre pecuaristas e frigoríficos.

Nesse aspecto, Miranda antecipa que a Acrimat deve contratar técnicos para checar a defasagem de peso alegada pelos produtores e também discutir com os frigoríficos formas de controlar o rendimento das carcaças.

O presidente eleito no dia 11 de dezembro afirma também que a associação vai buscar junto ao governo estadual formas para atrair novos investidores para o Estado.

Outra ação visa transformar o Parque de Exposições da Acrimat em um centro de negócios pecuários, onde os produtores poderão participar de palestras e treinamentos com objetivo de melhorar a qualidade do trabalho no campo.

Segundo ele, o espaço não deve ficar restrito apenas para a realização da Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial de Mato Grosso (Expoagro), que acontece uma vez por ano.

Ao invés disso, o Parque de Exposições deve ser aproveitado para realização de leilões, rodeios, exposições de animais, enfim, eventos voltados para a comunidade.

Algumas dessas atividades já são realizadas porém, devem ser fortalecidas, conforme frisa Miranda.