Plano de educação para fronteira começa em 2005 em Santa Catarina

FLORIANÓPOLIS - Santa Catarina e a Província de Missiones começam a pôr em prática seu Plano de Desenvolvimento da Educação para Área de Fronteiras. Dentre um conjunto de ações, os dois governos vão privilegiar a promoção da educação bilíngüe português e espanhol para alunos de ensino fundamental. A partir do primeiro semestre de 2005 terá início a implantação da escola bilíngüe em caráter piloto na Escola de Educação Básica Dr. Theodureto de Faria Souto, no município de Dionísio Cerqueira, e na Escola 604, em Bernardo Irigoyen. Os professores catarinenses e argentinos já receberam capacitação.

Os critérios empregados pela Secretaria de Estado da Educação e Inovação (SED) para avaliação dos estudantes é um dos pontos que chama a atenção do Ministério da Educação de Missiones, na Argentina. Esse foi um dos temas tratados durante as reuniões promovidas durante o mês de dezembro, em São Miguel do Oeste, entre o diretor de Ensino da Província de Missiones Miguel Molina; o representante da SED, José Raul Staub; o gerente de Educação e Inovação (Gerei) da região de São Miguel do Oeste, Silvestre Wichoroski; e outros técnicos educacionais. A secretaria também apresentou a proposta curricular de Santa Catarina e os recursos didáticos empregados na sala de aula.

O plano culmina vários encontros que o grupo de trabalho do Marco de Cooperação Santa Catarina - Missiones na área de Educação realizaram ao longo de 2004 em prol da integração das fronteiras. As escolas de Missiones registram um alto índice de reprovação, chegando a uma média de 80%, segundo o diretor de Ensino da Província, Miguel Molina. Para o educador argentino esse problema pode ser amenizado com uma reforma no sistema de avaliação do país. Os altos níveis de repetência de alunos, que permanecem em média dois anos na mesma série, representam uma sangria de recursos, destaca. Em Santa Catarina, a repetência está em 11%.