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Politica Brasil
Sexta - 24 de Dezembro de 2004 às 13:24
Por: Vera Rosa

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O grupo político da prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), batizou de Otan a cúpula do PT e está em guerra fria com o Palácio do Planalto. Enquanto em Brasília o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pede que os ministros parem de falar no projeto de reeleição, toda a movimentação de Marta, em São Paulo, é para enfrentar o candidato do Planalto à sucessão do governador Geraldo Alckmin (PSDB), daqui a dois anos.

A referência à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) - produto das tensões acumuladas na guerra fria entre Estados Unidos e União Soviética -é sintomática: os partidários de Marta acham que ela foi abandonada pelo governo federal e trocam farpas com os companheiros do campo majoritário do PT, integrado pelo chefe da Casa Civil, José Dirceu, que seria o capitão da Otan.

O primeiro alvo da disputa será o diretório paulista do partido, que terá o comando renovado em 2005. Mas as articulações começaram. Antes mesmo de Marta perder a eleição paulistana para o tucano José Serra, o PT já tinha dois pré-candidatos à cadeira de Alckmin, em 2006: o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), e o presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP).

O Planalto e a cúpula do PT apóiam Mercadante. "Acho que, em 2006, o candidato do PT ao governo de São Paulo deve ser Mercadante", afirmou Dirceu. Há quatro dias um elogio de Dirceu a João Paulo deu margem a especulações. Lula e o chefe da Casa Civil continuam apoiando o senador. João Paulo não abre mão de disputar uma eleição prévia para a escolha do concorrente do PT. Conta com o aval de prefeitos do interior e acha que tem o perfil de candidato ao governo de São Paulo.




Fonte: A Gazeta

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