Estudo focaliza impacto da pesca no município de Alto Paraguai
“No passado, o recurso pesqueiro era considerado ilimitado. Todavia, esse mito foi superado, pois, apesar de renováveis, os recursos aquáticos não são infinitos e precisam ser adequadamente manejados para serem sustentáveis”, opina a pesquisadora. “Esse estudo visa aprofundar o entendimento das relações entre estoque, pesca e ambiente, buscando fornecer subsídios para o manejo sustentável da atividade pesqueira no Pantanal Mato-grossense, onde a pesca tem importância cultural, econômica e social”, afirma.
“Queremos saber os impactos dessas modalidades de pesca sobre a estrutura populacional das diferentes espécies. Com isso, será possível fornecer informações que permitam um controle de pesca específico para cada realidade”, explica ela, ressaltando que os dados servirão de base para a elaboração de políticas públicas de controle da pesca pelas entidades competentes.
Lúcia Mateus ressalta que o apoio da Fundação de Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat) aos doutores recém-graduados é muito importante, pois estes encontram limitações para seguir com o seu trabalho. “Os recém-formados precisam melhorar o seu currículo, precisam publicar mais trabalhos científicos, antes de se firmarem no mercado”, diz a pesquisadora.
Graduada pela UFMT e com doutorado pela Unesp de Rio Claro (SP), Lúcia Mateus lembra que, graças ao Programa Primeiros Projetos, da Secitec, também está sendo formado o primeiro grupo de pesquisas sobre Ecologia da Pesca da UFMT. “Esse programa possibilita a formação de recursos humanos, permite que o doutor desenvolva outros projetos e aumenta a sua capacidade de produção”. “Antes, não tinha estrutura de trabalho e se vivia uma situação relativamente difícil”, completa. (Neusa Baptista/Secitec-MT)
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