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Politica Brasil
Quarta - 22 de Dezembro de 2004 às 10:45
Por: Márcia Raquel

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Uma reviravolta no processo de sucessão da Câmara Municipal de Cuiabá deve colocar a vereadora Chica Nunes (PSDB) na presidência do Legislativo e o vereador Lutero Ponce (PP) na primeira-secretaria. Para garantir o comando da Casa de Leis, o grupo, que inicialmente era composto por sete vereadores, ofereceu a primeira-secretaria aos progressistas, que até então compunha com o “grupo renovação”.

A chapa que deverá disputar a sucessão foi apresentada ontem, em entrevista coletiva, por 11 dos 13 vereadores que agora compõem o grupo: Chica Nunes (PSDB), Luiz Marinho e Guilherme Maluf, do PFL, Júlio Pinheiro (PDT), Clovito (PTB), Walter Rabelo (PMDB), Mário Lúcio (PV), Marcus Fabrício e Lutero Ponce, do PP, Luiz Poção (PMN) e Éden Capistrano (PSB).

Segundo Chica Nunes, a vereadora Lueci Ramos e o vereador eleito Pemínio Pinto Filho, ambos do PSDB, não puderam comparecer à coletiva porque estavam fora de Cuiabá.

Lutero Ponce, Marcus Fabrício, Guilherme Maluf e Mário Lúcio alegaram que a decisão de deixar o “grupo renovação” foi tomada em virtude do posicionamento do PPS em exigir a presidência do Legislativo. “O PPS impôs a condição de ficar com a presidência, sendo que na votação interna que fizemos foram sete votos para Marcus Fabrício e três para o Helny de Paula (PPS)”, frisou Ponce.

Restaram ainda no “grupo renovação” as bancadas do PPS, Helny de Paula, Francisco Vuolo e Ivan Evangelista, e do PT, Domingos Sávio, Valtenir Pereira e Lúdio Cabral.

Conforme a vereadora Chica Nunes, a primeira vice-presidência ficará com Walter Rabello e a primeira vice-secretaria com Luiz Poção (PMN). A segunda Vice-presidência ainda não foi definida. Chica Nunes ressaltou que a escolha de Lutero Ponce para a primeira-secretaria partiu de um consenso entre o PP e o PFL. “Os dois partidos, num consenso decidiram pelo nome do vereador Lutero Ponce”, ponderou.

Segundo Ponce, a decisão de recuar da composição com o “grupo renovação” foi tomada ontem à noite. “O PPS colocou que só queria a presidência”, reforçou ao afirmar que o PPS teria voltado atrás na decisão, porém, a decisão já estava tomada. “O PPS jogou, foi um blefe”, disse.

Chica Nunes afirmou que a composição do grupo não teve influência do prefeito eleito Wilson Santos (PSDB). “Ele não influenciou em nada, até porque ele tem companheiros dos dois lados”, argumentou. No entanto, o acordo entre os 13 vereadores, só foi fechado, após a interferência do deputado federal Pedro Henry (PP), que teria tido uma reunião com Wilson Santos para discutir o assunto.

O vereador Walter Rabelo, que foi um dos idealizadores do “grupo renovação”, e o primeiro a deixá-lo, afirmou que, apesar da presidência da Câmara ficar com uma vereadora que está indo para o seu terceiro mandato, o objetivo do grupo não foi frustrado. “A presença de uma mulher na presidência também significa renovação, além do mais a maioria dos cargos da Mesa será composto por vereadores de primeiro mandato”, disse.




Fonte: Diário de Cuiabá

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