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Área do cérebro pode explicar mania de guardar 'coisas inúteis'
Pessoas que acumulam itens aparentemente inúteis podem colocar a culpa em uma área de seus cérebros.
Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Iowa localizou uma região no lóbulo frontal que parece controlar esse comportamento.
Segundo os cientistas, o hábito de guardar coisas que não usamos está ligado à Desordem Obsessiva-Compulsiva (DOC), mas ainda não se sabe o que o desencadeia ou se é uma condição única.
O estudo, publicado no jornal especializado Brain, salienta que há cada vez mais evidências de que tal comportamento tem seu próprio mecanismo.
Correspondência
DOC é uma desordem de ansiedade em que a pessoa é coagida por medos irracionais ou determinados pensamentos a repetir ações.
Pode manifestar-se em hábitos como lavar as mãos excessivamente, estar sempre limpando a casa ou checar alguma coisa constantemente.
Mas algumas pessoas têm uma compulsão por guardar coisas – um hábito que vai além do comportamento de um colecionador.
Pesquisadores da Universidade da Califórnia já mostraram que as pessoas com DOC que também acumulam coisas inúteis têm uma atividade cerebral diferente dos demais pacientes com DOC.
Para entender melhor a causa desse comportamento, Steven Anderson e sua equipe analisaram 13 pessoas que desenvolveram tal compulsão após terem sofrido um dano cerebral.
Eles definiram o hábito como anormal caso ele fosse extensivo, as coisas guardadas não fossem úteis ou bonitas e se a pessoa não estava disposta a se desfazer de sua coleção.
Alguns dos pacientes, por exemplo, encheram suas casas com correspondência inútil ou ferramentas quebradas.
Os pesquisadores escanearam os cérebros dos pacientes e compararam com outros 73 pacientes que sofreram danos mas que não apresentavam hábitos anormais.
Terapia
Anderson disse ter encontrado uma diferença óbvia.
"Danos na parte do lóbulo frontal do córtex, particularmente no lado direito, foram encontrados nos indivíduos com comportamento anormal", contou o pesquisador.
"Pacientes com DOC e outras desordens, como esquizofrenia, Síndrome Tourette e certas demências, podem ter comportamento patológicos similares, mas não sabemos onde o problema está ocorrendo dentro do cérebro."
Naomi Fineberg, especialista em DOC do Hospital Queen Elizabeth, na Grã-Bretanha, disse: "Esses estudos, que ainda são iniciais, estão começando a confirmar que acumular coisas inúteis pode ser diferente da DOC".
"Quanto mais entendermos sobre a neurobiologia desse comportamento, mais poderemos pensar em como tratá-lo", comentou a cientista.
Mas Paul Salkovskis, do Instituto de Psiquiatria, do King’s College, em Londres, discorda: "Identificar qual a área do cérebro é afetada não ajuda você no tratamento de forma alguma".
"Não há evidências de que qualquer diferença biológica entre esses pacientes. A resposta é terapia comportamental cognitiva."
Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Iowa localizou uma região no lóbulo frontal que parece controlar esse comportamento.
Segundo os cientistas, o hábito de guardar coisas que não usamos está ligado à Desordem Obsessiva-Compulsiva (DOC), mas ainda não se sabe o que o desencadeia ou se é uma condição única.
O estudo, publicado no jornal especializado Brain, salienta que há cada vez mais evidências de que tal comportamento tem seu próprio mecanismo.
Correspondência
DOC é uma desordem de ansiedade em que a pessoa é coagida por medos irracionais ou determinados pensamentos a repetir ações.
Pode manifestar-se em hábitos como lavar as mãos excessivamente, estar sempre limpando a casa ou checar alguma coisa constantemente.
Mas algumas pessoas têm uma compulsão por guardar coisas – um hábito que vai além do comportamento de um colecionador.
Pesquisadores da Universidade da Califórnia já mostraram que as pessoas com DOC que também acumulam coisas inúteis têm uma atividade cerebral diferente dos demais pacientes com DOC.
Para entender melhor a causa desse comportamento, Steven Anderson e sua equipe analisaram 13 pessoas que desenvolveram tal compulsão após terem sofrido um dano cerebral.
Eles definiram o hábito como anormal caso ele fosse extensivo, as coisas guardadas não fossem úteis ou bonitas e se a pessoa não estava disposta a se desfazer de sua coleção.
Alguns dos pacientes, por exemplo, encheram suas casas com correspondência inútil ou ferramentas quebradas.
Os pesquisadores escanearam os cérebros dos pacientes e compararam com outros 73 pacientes que sofreram danos mas que não apresentavam hábitos anormais.
Terapia
Anderson disse ter encontrado uma diferença óbvia.
"Danos na parte do lóbulo frontal do córtex, particularmente no lado direito, foram encontrados nos indivíduos com comportamento anormal", contou o pesquisador.
"Pacientes com DOC e outras desordens, como esquizofrenia, Síndrome Tourette e certas demências, podem ter comportamento patológicos similares, mas não sabemos onde o problema está ocorrendo dentro do cérebro."
Naomi Fineberg, especialista em DOC do Hospital Queen Elizabeth, na Grã-Bretanha, disse: "Esses estudos, que ainda são iniciais, estão começando a confirmar que acumular coisas inúteis pode ser diferente da DOC".
"Quanto mais entendermos sobre a neurobiologia desse comportamento, mais poderemos pensar em como tratá-lo", comentou a cientista.
Mas Paul Salkovskis, do Instituto de Psiquiatria, do King’s College, em Londres, discorda: "Identificar qual a área do cérebro é afetada não ajuda você no tratamento de forma alguma".
"Não há evidências de que qualquer diferença biológica entre esses pacientes. A resposta é terapia comportamental cognitiva."
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/363191/visualizar/
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