Executiva Municipal do PP decide afastar Maluf provisoriamente

Na primeira reunião realizada após as eleições, a Executiva Municipal do PP decidiu ontem afastar provisoriamente Paulo Maluf do partido até que tramitem as acusações contra o ex-prefeito na Justiça Federal e estadual.

Para o presidente municipal da sigla, deputado Celso Russomanno, "as denúncias contra Maluf prejudicam a imagem do partido. Então, ele prejudica o partido".

Russomanno afirmou que a decisão só precisa ser comunicada por escrito a Maluf, aos diretórios Estadual e Nacional e à Justiça Eleitoral. "Ele está afastado."

No entanto, segundo Jesse Ribeiro, assessor de Maluf, "não há afastamento porque a Executiva Municipal não tem essa prerrogativa. O Russomanno é inconseqüente de falar isso. O partido deve sua existência a Maluf".

De acordo com Russomanno, além das denúncias, prejudica o partido aspectos financeiros "herdados" da campanha de Maluf à Prefeitura de São Paulo.

"O partido recebeu uma fatura de R$ 1 milhão para pagar, referente à conta do comitê financeiro de campanha de Maluf", afirmou Russomanno. "O partido não tem o dinheiro e não vai pagar."

De acordo com a assessoria de Maluf, o presidente nacional do PP, Pedro Corrêa, teria assumido a dívida da campanha.

Maluf é acusado de formação de quadrilha, sonegação fiscal, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e peculato (apropriação de bens por servidor público em função do cargo).