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Economia
Domingo - 19 de Dezembro de 2004 às 16:24
Por: Moacir Castro

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Produtores de álcool, donos de postos de gasolina ou distribuidores de combustíveis - ninguém acredita na estimativa da Petrobras de que o preço do álcool será menor no ano que vem na bomba, para o consumidor. O empresário Clésio Balbo, diretor-financeiro da Organização Balbo em Sertãozinho, garante: "Não é possível. No máximo, pode haver estabilização, com tendência de alta, porque o custo do álcool depende do preço do petróleo". Clésio exibe uma planilha que aponta que o mesmo álcool hidratado, hoje, é vendido para as distribuidoras com preço 4% menor que em 2002, enquanto a inflação foi de 12% no período.

Ele acrescenta: "É preciso desmistificar, também, a lenda de que a adição de 25% de álcool anidro encarece a gasolina. Como um produto de menor valor pode aumentar o preço de outro de maior valor? O álcool anidro é vendido à Petrobras por R$ 0,98 o litro. Arredondando: se ele custasse R$ 1,00 e a gasolina com a mistura custasse R$ 2,00, sem o anidro a gasolina custaria R$ 2,33".

A União da Agroindústria Canavieira (Unica) só vê uma saída para a previsão da Petrobras se confirmar: a unificação da cobrança do ICMS do álcool em todo o país. A variação é grande: enquanto em São Paulo a alíquota é de 12%, no Rio de Janeiro chega a 30%.




Fonte: Ribeirão Preto/AE

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