PP é a agremiação que mais perdeu prefeitos

Os partidos que mais se beneficiaram com as cassações foram PPS, PT e PFL. Os socialistas irão administrar Denise, petistas assumem General Carneiro e pefelistas tomarão posse em Porto Estrela. Já o mais prejudicado foi o PP. Das 20 lideranças do Executivo obtidas em outubro, perdeu quatro. (Confira quadro). Antônio Junqueira (PP), cassado por abuso de poder político e de autoridade em São José dos Quatro Marcos, garante que será diplomado. "Despacho do ministro do TSE diz que o que fiz não foi propaganda institucional, mas propaganda política".

Já Getúlio Viana (PFL), cassado por conduta vedada em Primavera do Leste, diz que seu recurso está parado no TSE. "Pela lógica da lei quem assume é o presidente da Câmara a ser eleito no dia 1º". O pefelista critica a morosidade do tribunal. "A cidade vai ficar um "balaio de gato". Até lá vamos ficar sem nenhum secretário", reclama. Cassada em Dom Aquino, Maria José Borges (PMDB) acredita que conseguirá reverter a cassação. "Por enquanto, não ficou configurado nada".

Em todo o Estado o número de prefeitos cassados corresponde a aproximadamente 8,5% dos eleitos. Além dos já citados, a justiça eleitoral cassou o registro de candidatura dos eleitos Poxoréo (Antônio da Silva-PMDB), Santa Carmem (Rudimar Camasola-PSDB), Vale de São Domingos (Yolanda Góes-PSDB), Araputanga (Vano Batista-PP), Rondolândia (José Guedes-PPS), Novo Mundo (Nelson Baumgratz-PPS), General Carneiro (Juracy Aquino-PL), Denise (Israel de Marques-PP) e Porto Estrela (Ademirson Duarte-PP). Nesses três últimos municípios, já estão definido nomes de quem assume a prefeitura.

Já o número de vereadores cassados é bem menor, são apenas quatro. Em Santa Carmem, Carlos Eduardo Ribeiro (PSDB), o "Sapão", vereador mais votado no município, perdeu registro por compra de votos. Em Rondolândia, Lígia Neiva (PTB) e Humberto Zoró (PPS), eleitos em primeiro e segundo lugar, respectivamente, foram cassados por uso de máquina pública e abuso de autoridade em campanha. (LTS)