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Politica Brasil
Sexta - 17 de Dezembro de 2004 às 10:09

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O relatório de Mentor, com 742 páginas (e 771 de anexos), foi considerado político por Gustavo Franco. Por meio de nota, o ex-presidente do Banco Central disse que a comissão "cometeu o equívoco de confundir divergências sobre políticas públicas com irregularidades".

Na mesma linha, o deputado federal Eduardo Paes (PSDB-RJ) afirmou que o relatório "mais parece um panfleto político", por insinuar culpa de pessoas ligadas ao governo anterior e absolver autoridades que fazem parte da atual gestão.

Um dos elementos que renderam ao relatório de Mentor o carimbo de "partidarizado" foi a proposta de indiciamento de executivos da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado) e da Companhia Rio-grandense de Telefonia, por operações de 1997 nas quais as empresas seriam consideradas "suspeitas" de lançamento de ações no exterior. Ambas eram estatais e sob gestão tucana.

Mentor requer ao Ministério Público que aprofunde a investigação sobre as operações realizadas pelas empresas.

Entre os empresários indiciados estão Samuel e Michel Klein. Donos das Casas Bahia, eles são acusados de sonegação, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e importação fraudulenta por meio da empresa Parainvest.

O deputado Sérgio Miranda (PC do B-MG) também quer incluir no relatório a responsabilização do sistema financeiro pelos crimes de evasão de divisas.





Fonte: FolhaPress

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