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Politica Brasil
Sexta - 17 de Dezembro de 2004 às 09:53
Por: Janaína Pedrotti

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O prefeito eleito de Várzea Grande, Murilo Domingos (PPS), disse ontem durante o anúncio de seu secretariado que assumirá a prefeitura da cidade com uma dívida em caixa no valor de R$ 70 milhões.

“O desafio pela frente é muito grande. Contas que deveriam ser pagas agora estão sendo roladas”, afirmou Domingos.

Desse débito, de acordo com levantamento preliminar da equipe de transição de Murilo Domingos, cerca de R$ 50 milhões são provenientes de gestões de gestões anteriores. Já da atual administração de Jaime Campos (PFL) os débitos deixados seriam de R$ 20 milhões. “Tem uma dívida que é da atual administração em não recolhimento do INSS (Imposto Nacional de Seguridade Social), energia da Fusvag (Fundação de Saúde de Várzea Grande) e energia do DAE (Departamento de Água e Esgoto). Também existe outro pedido de parcelamento do INSS que está na Câmara. Da atual administração deve ter uns R$ 20 milhões e mais R$ 50 milhões da administração

A expectativa inicial era de que a prefeitura de Várzea Grande fosse uma das únicas administração do Estado a deixar dinheiro em caixa.

Sem auditoria

Apesar da projeção pessimista de Murilo Domingos, o socialista não fala em auditoria nas contas da cidade. De acordo com ele, os números a que teve acesso ainda são superficiais e o relatório final de sua equipe de transição somente será concluído em janeiro de 2005, em aguardo ao repasse das informações finais, sobre o balanço deste ano.

Outro Lado: O atual prefeito de Várzea Grande, Jaime Campo (PFL) alega que as dívidas atuais da cidade e que já foram renegociadas vieram ao longo das administrações que se sucederam no município. “Essas dívidas são fundadas e vêm passando de administrador para administrador”, respondeu Campos, sobre o assunto.

Questionado sobre as argumentações da equipe de transição de Murilo Domingos de dívidas com energia do DAE e sobre INSS na Fusgav, Jaime Campos argumenta que os órgãos são autarquias e fundações, com administração própria. “Isso não é da prefeitura, além disso a maior parte já foi renegociada e para tanto teve que ser aprovado pela Câmara Municipal.

Outro dado indicado pela atual gestão para indicar que suas contas estão sanáveis é o comprometimento da receita com o endividamento. Segundo números oficiais, seria necessário menos que 30% da receita atual para pagar todas as dívidas de longo prazo.

Secretários

O prefeito Murilo Domingos (PPS) anunciou ontem 13 nomes para compor seu secretariado a partir de 1º de janeiro de 2005. Para evitar desencontros, o socialista reuniu ontem todo o fórum suprapartidário para antecipar a decisão. Ficaram fora do governo, no primeiro escalão, apenas o PHS, PAN, PC do B e o PP.




Fonte: Folha do Estado

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