Câmara aprova a reforma sugerida por Wilson Santos

A Câmara Municipal aprovou ontem a reforma administrativa sugerida pelo prefeito eleito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB). Os parlamentares, no entanto, ainda têm que apreciar em uma semana mais de 90 projetos pendentes na pauta do Legislativo, de acordo com a primeira-secretária da Casa, vereadora Chica Nunes (também do PSDB).

Entre os vereadores, apenas Enelinda Scala e Domingos (ambos do PT) se abstiveram da votação da reforma. O projeto de lei que institui as alterações na Prefeitura determina a redução de 21 para 15 do número de secretarias. Além das fusões de pastas anunciadas por Wilson Santos, prevê ainda a criação da secretaria de Defesa e Cidadania, a Guarda Municipal, o Banco do Povo e a redução de 30% nos cargos comissionados.

Segundo Chica Nunes, o Legislativo promoverá na próxima semana um esforço concentrado para votar as pautas pendentes e o orçamento da Capital para 2005. "Temos que votar tudo antes do Natal. Vamos fazer um esforço concentrado e sem cobrar nada por isso", afirmou Chica, ao frisar que desde quarta-feira o Legislativo já trabalha em ritmo extraordinário.

O projeto de lei que fixa o orçamento de Cuiabá para os próximos 12 meses prevê recursos na ordem de R$ 515,7 milhões, que representam um montante 13,9% maior que o atual. As áreas mais priorizadas são saúde, educação, habitação e urbanismo, que terão disponíveis R$ 132,93 milhões, R$ 103,18 milhões e R$ 67,25 milhões.

Salário - A Câmara Municipal deve aprovar também o projeto de lei que resultará em reajuste de 60% no salário dos vereadores que assumem em janeiro. De acordo com Chica Nunes, essa matéria é uma das cerca de 90 que ainda precisam ser apreciadas. Cada parlamentar recebe mensalmente R$ 4,5 mil. Com a aprovação da matéria, esse valor subirá para R$ 7,1 mil. Já o presidente da Casa, que hoje recebe cerca de R$ 9 mil, deverá embolsar R$ 14 mil mensais.