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Politica Brasil
Quinta - 16 de Dezembro de 2004 às 09:54

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A decisão do Governo Federal de aumentar o salário mínimo de R$ 260 para R$ 300 a partir de maio gerou repercussões entre os economistas e gestores públicos do Piauí. Segundo eles, esse reajuste de 15,4% - 9,3% em valor real, ou seja, descontada a inflação - vai acarretar problemas para pelo menos 80% dos municípios do Estado que dependem basicamente dos repasses federais para garantir as suas receitas. De acordo com o presidente da Associação Piauiense de Municípios (APPM), José Maia Filho, esse aumento será um complicador tanto para a gestão pública quanto para a Previdência, caso o governo não atenda as reivindicações feitas.

Ele acrescenta que se o governo não repassar 1% arrecadado do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e do Imposto de Renda (IR) em nível nacional, ficará difícil cumprir até mesmo a folha de pagamento com o salário atual.

O presidente do Conselho Regional de Economia, Valmir Falcão, disse que o mínimo de R$ 300 é pago facilmente em Estados mais desenvolvidos, como São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal, mas é inviável para a região Nordeste e sobretudo o Piauí.

"Esse valor é muito alto para o estado como o nosso que tem uma das menores rendas per capita do país. O ideal seria que fosse feita uma emenda constitucional criando esse salário regional, como ocorre nos Estados Unidos e em alguns países europeus", frisa.





Fonte: Agência Nordeste

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