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Politica Brasil
Terça - 14 de Dezembro de 2004 às 12:14

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A Fiat mantém a pressão sobre a General Motors Corp. antes do importante encontro entre as duas fabricantes de automóveis nesta terça-feira, defendendo que o grupo norte-americano não poderá fechar a fábrica italiana se tiver que comprá-la.

O presidente-executivo da Fiat, Sergio Marchionne, disse ao jornal Financial Times que a GM não permitiria que a Fiat Auto fechasse caso acabasse sob controle da empresa norte-americana.

"Há um bom argumento para dizer que as plantas italianas se beneficiariam da relocação de outro negócio da GM na Europa", disse Marchionne. "Acredito que seja bem difícil para a GM, sendo a maior fabricante de carros do mundo, fugir de suas responsabilidades."

A Fiat insiste que ainda tem o direito de vender seus 90% da Fiat Auto para a GM. Mas a empresa norte-americana, que é dona dos outros 10%, informou que a opção foi invalidada pela venda de ativos e a recapitalização da Fiat Auto.

"Os argumentos deles, para ser sincero, não têm cabimento", disse Marchionne ao Financial Times.

Na quarta-feira, a trégua de um ano expirará. Ela impedia a Fiat e a GM de tomarem ações legais uma contra a outra em relação ao problema da opção de compra.

Por isso permanece a dúvida se a Fiat realmente venderia sua divisão de automóveis, o que acabaria com mais de 100 anos de história italiana de fabricação de automóveis e que provavelmente encontraria problemas com o governo e sindicatos locais.

Os jornais italianos nesta terça-feira informaram que a Fiat aceitaria o pagamento --estimado em cerca de 500 milhões e 1 bilhão de dólares-- da GM em troca da desistência da opção de compra.




Fonte: Reuters Investor

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