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Politica Brasil
Terça - 14 de Dezembro de 2004 às 07:08
Por: Márcia Raquel

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O presidente do PPS de Mato Grosso e prefeito de Cuiabá, Roberto França, votou pela saída do PPS da base governista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em reunião do Diretório Nacional realizada no Rio de Janeiro, conforme o site do PPS. A decisão agrada o presidente nacional do partido, deputado Roberto Freire, porém, não contempla os anseios do governador Blairo Maggi, que já havia manifestado a posição de permanecer na aliança com o governo Lula.

Mais ligado ao grupo do ministro Ciro Gomes, da Integração Nacional, o governador mato-grossense defendia a permanência do PPS na base de sustentação e um posicionamento de neutralidade em 2006, com vistas a aumentar a base congressista do partido e fortalecer uma candidatura à presidência em 2010.

Porém, o desligamento do governo petista representou a vontade de 73,45% dos membros do Diretório Nacional. Foram 83 dirigentes a favor da saída e 30 contra. Entre os favoráveis estão 17 dirigentes estaduais. Oito votaram pela permanência na base e dois não compareceram.

Conforme o presidente nacional do PPS, em matéria publicada no site oficial do partido, a decisão representa a vontade da ampla maioria do partido. “Foi uma decisão amadurecida, com intensa discussão e debates. Mostramos que somos um partido independente e agora damos início a uma nova caminhada, buscando uma alternativa política para o país já em 2006. A decisão fortaleceu a posição que já havia sido tomada no último Congresso Nacional do partido de lançarmos candidato a presidente”, disse.

Freire afirmou ainda que a decisão do partido implica na devolução dos cargos ocupados por pepessistas no governo Lula, o que deve ser feito imediatamente, sob pena de ser expulso do partido. De acordo com informações divulgadas na imprensa nacional, Ciro Gomes já teria colocado o cargo à disposição do presidente Lula. Porém, sem concordar com a decisão do partido, estaria articulando com seus aliados no partido o rumo a tomar.

Depois do último congresso nacional do partido do qual participou, o governador Blairo Maggi afirmou que a sua permanência na agremiação ficou atrelada a uma possível disputa à Presidência da República em 2010 e a garantia de disputar a reeleição em 2006. “No meu entendimento não devemos ir para uma candidatura só para marcar posição”, disse à época, se referindo a uma eventual disputa do PPS à presidência em 2006.

De acordo com o secretário de Estado de Comunicação, José Carlos Dias, o governador tomou conhecimento da decisão do partido logo após a reunião, porém, não vai se pronunciar a respeito do assunto sem antes analisar o processo. “Ele não vai fazer nenhuma avaliação em cima de especulações”, disse ao informar que o governador estava em Rondonópolis e hoje viajaria para Barra do Garças.




Fonte: Diário de Cuiabá

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