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Cultura
Segunda - 13 de Dezembro de 2004 às 17:59

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O presidente francês Jacques Chirac inaugurará esta terça-feira a ponte de Millau (sul), que se converterá na mais alta do mundo, com uma estrutura que chega a 343 metros sobre o rio Tarn, ou seja, 23 metros acima da Torre Eiffel de Paris.

Projetado pelo arquiteto britânico Norman Foster, esta obra arquitetônica de concreto e aço servirá para tentar acabar com os engarrafamentos na região e também se tornará uma bela atração para os amantes do turismo industrial.

A ponte, com cerca de 2,5 km de comprimento, reúne em sua estrutura recordes e proezas técnicas. "A altura e número de pilares e seu comprimento fazem da ponte uma obra excepcional", destacou o presidente da delegação de especialistas que revisou a obra, Jean François Coste.

Erguida em tempo recorde de três anos, esta obra foi idealizada em 1987 e a primeira pedra foi colocada em dezembro de 2001.

A partir de 17 de dezembro, os motoristas vão poder cruzar estes 2.460 metros após pagar um pedágio de 4,90 euros e evitarão o engarrafamento de Millau, o mais temido entre a Espanha e o norte da Europa, principalmente nos meses de verão.

Para o diretor da obra, Jean Pierre Martin, a ponte se integra tão bem à paisagem que se torna uma "obra de arte que se justifica".

Além disso, o objetivo de atrair visitantes à região foi cumprido, pois nos últimos dois anos 60.000 pessoas pagaram para olhar as obras e outros 500 mil visitaram o local.

Segundo os construtores, o viaduto, que pesa 290 mil toneladas, está projetado para resistir a ventos de 250 km por hora.

Eiffage, grupo encarregado da construção e manutenção desta ponte pelos próximos 75 anos, afirma que a ponte "funcionará perfeitamente" nos próximos 120 anos.

Construído nas fábricas da Eiffel, a estrutura metálica se apóia na terra e suas duas metades se uniram em 28 de maio passado sustentando-se em sete grandes pilares.

Ao todo, três mil pessoas trabalharam neste projeto, que custou cerca de 400 milhões de euros, enquanto a Eiffage espera começar a ter lucros em 2014.

Para Marc Legrand, presidente da companhia Eiffage para a ponte de Millau, o maior orgulho deste projeto é que em quase "dois milhões de horas de trabalho não ocorreu nenhum acidente grave", além do fato de ter terminado a obra "um mês antes" do prazo previsto e com um custo menor.




Fonte: AFP

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