Idealizador pede órgão na Amazônia Legal

“O Juvam atua com a sensibilidade de saber estar defendendo peixes, animais, ajudando a preservar a flora e a madeira. Atuamos não só de forma preventiva, mas também repressivamente. Quem desmata ilegalmente, tem que reflorescer. Quem pratica pesca predatória, tem que repovoar os rios com alevinos. Embora muita gente não saiba, combatemos também a poluição sonora. Eles [equipe da comissão que registrou o trabalho do Juvam] devem ter ficado impressionado. Isso contou muito”, diz Carpinelli, que vai aproveitar o encontro para sugerir ao Ministro Márcio Thomaz Bastos a criação de leis em outros Estados de órgãos ambientais itinerantes iguais ao Juvam. No país, o único Estado que conta com um juizado ambiental é Mato Grosso. E, para o desembargador, o modelo poderia ser implantado principalmente nos outros oito estados que compõem a Amazônia Legal. “Somente assim teríamos mais eficácia na proteção ambiental”, acredita o idealizador do Juvam.

O Juvam hoje é mais conhecido no exterior do que no próprio país (pelo reconhecimento ao trabalho realizado, já recebeu ajuda financeira de entidades dos Estados Unidos e Europa). O reconhecimento nacional, além de mostrar em território brasileiro a importância deste órgão de proteção ambiental, poderá fortalecer ainda mais o Juvam em Mato Grosso. Atualmente existem quatro equipes do Juvam em Cuiabá, uma em Rondonópolis (protege os Rios Vermelho e São Lourenço), uma em Barra do Garças (Araguaia) e outros duas em Cáceres (Rio Paraguai). O ideal seria a criação de mais 10 equipes, devidamente equipadas, para cobrir todos os pontos de Mato Grosso. As equipes são integradas por conciliadores, oficiais escreventes, oficiais de Justiça, soldados da Polícia Ambiental. Onde o Juvam está presente, um juiz de direito é designado para conduzir os processos. (CM)