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Cultura
Quarta - 08 de Dezembro de 2004 às 09:08

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Nos dias 9 e 10 o Teatro Universitário será palco novamente do grande concerto de encerramento de temporada da Orquestra Sinfônica e Coral da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). As apresentações, que também fazem parte da programação em comemoração aos 34 anos da Instituição, serão realizadas às 20 horas. O ingresso é 1 kg de alimento não perecível. Vale lembrar que os convites podem ser trocados na portaria do Teatro a partir das 8h30 da quinta-feira.

O repertório foi cuidadosamente escolhido pelo maestro Fabricio Carvalho, em parceria com a maestrina Dorit Kolling, que assinam juntos a direção artística do concerto. Segundo o maestro, há uma tendência da direção de que para as apresentações de encerramento de temporada o repertório seja mais elaborado e que apresente certo grau de dificuldade para os músicos. “Trabalhamos durante o ano, peças mais populares, até com a intenção de formar público e divulgar a música erudita”, lembra, acrescentando que neste concerto foram incluídas peças de Mozart, Brahms e Fauré, que são executadas por grandes orquestras mundo afora. Para ele, este fato vem reafirmar o nível técnico, o preparo dos músicos e coralistas, e a evolução da qualidade do trabalho realizado pela Orquestra e Coral.

O maestro destaca ainda, que a escolha do repertório proporcionou grande mobilidade ao concerto, já que o Coral vai cantar em alemão, francês e em uma participação especial, um solista canta em italiano. “Isso mostra a grande desenvoltura alcançada pelos profissionais que atuam no Coral”, celebra.

No palco vão estar cerca de 100 músicos e coralistas, entre eles, seis músicos convidados, titulares das Orquestras Sinfônicas da Escola de Música de Brasília e do Teatro Nacional, que vieram reforçar o time, que promete emocionar o público.

O concerto tem início com Finlândia, Op. 26 de Jean Sibelius, considerado um dos principais compositores do século XX, mesmo sem ter participado das inovações musicais daqueles anos. A obra foi adotada pelo povo finlandês como segundo hino nacional, pois foi escrita no momento em que o país necessitava de independência política e se tornou um marco na luta pela libertação.

Em seguida serão executadas duas peças de W. Amadeus Mozart. A primeira é Da Ópera Don Giovanni, “Madamina, il catalogo è questo” “Fin ch’han dal vino” “Deh vienni a la finestra”, a segunda, Da Ópera Bodas de Fígaro, “Hai già vinta la causa”, que terá como solista André Villani. Esta obra narra a história do Conde de Almaviva, que está louco, pois sua amada Suzanna está de casamento marcado com Figaro, seu mordomo. Por isso, tenta restaurar um antigo direito feudal, que concede ao patrão o direito de passar a primeira noite de núpcias com todas as mulheres que trabalham em seu castelo. Figaro e Suzanna aprontam mil artimanhas para se livrarem do Conde.

E sob regência da maestrina Dorit Kolling, será executada Pavane, Op. 50 de Gabriel Fauré, peça orquestral que é uma das mais populares do compositor francês nascido em 1845. Com Debussy e Ravel, Fauré dominou a moderna música francesa, com destaque no campo da canção e da música de câmara. Fauré morreu em Paris, a 4 de novembro de 1924, deixando uma importante obra como referência à moderna música francesa. A Pavane, Op. 50, escrita em 1887, compreende algumas frases para coro, no qual amantes, homens e mulheres, de alguma festa elegante brincam uns com os outros. Estreou em Paris a 28 de abril de 1888, regida por Charles Lamoureux.

E para fechar em grande estilo, Nanie, Op. 82 de Johannes Brahms, composta em 1881, a pedido de um amigo, que queria uma composição original apropriada para o seu funeral. Brahms pesquisou textos que atendessem a esta requisição. Encontrou o poema de Schiller [1759-1805], escrito em 1799. Coincidentemente, na época em que Brahms pesquisou sobre o texto, um outro compositor seu amigo, Hermann Goetz [1840-1876], fazia uma peça para coro, inspirada no mesmo texto. Goetz morreu com 36 anos, vitima de tuberculose. Outro amigo de Brahms, um pintor, chamado Feuerbach, faleceu com a idade de 51 anos, em Veneza, no período prévio à composição da obra Nänie. Estas perdas de amigos próximos e relativamente jovens podem ter influenciado a escolha do texto de Schiller e a composição da peça.

O Solista:

André Vilani, graduou-se na Universidade Federal de Goiás. Foi integrante do Coral Municipal de Goiânia, da Camerata Vocal de Goiânia, e do Coral da FOSGO, atuando como solista. Como camerista, realizou vários recitais acompanhados pelos professores Luis Medalha e Guten Bauher. Foi professor do Departamento de Artes da UFMT, preparador vocal dos corais da UFMT, Opera e Ozio e Coral da FEMA. É professor de técnica vocal e canto, e preparador vocal da Oficina de Canto Coral da Secretaria de Cultura do Estado, além de atuar como solista frente à Orquestra Sinfônica da Universidade Federal de Mato Grosso.




Fonte: Da Assessoria

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