Três técnicos do próprio PS são a equipe de sindicância

Um outro boletim sobre o andamento da sindicância deverá ser divulgado apenas às 16 horas de hoje pelo Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (HPSMC). Na coletiva de ontem de manhã, nenhuma novidade sobre as causas do problema. O porquê das falhas do disjuntor, das baterias dos equipamentos e do gerador só vai ser explicado depois de apuração da sindicância, aberta ontem pela manhã. A previsão é de que o trabalho de apuração interna seja concluído em 15 dias.

A equipe de sindicância foi formada pelos médicos Dionízio José Bonchese Andreoni e Haig Garabed Terzian e pela assessora administrativa Sandra Maria Gonçalves da Anunciação. "Os membros são pessoas idôneas. Não há necessidade de convocar outras instituições. No entanto, se for preciso, o faremos", ponderou o superintendente do PSMC, médico Manoel Garibaldi.

Eram dez pacientes internados no momento da queda de energia. Durante os cerca de 40 minutos de pane, todos receberam atendimento intensivo dos médicos e enfermeiros da UTI e de outros setores. Mas, apenas sete sobreviveram. Além de Valdemir Gonçalo, 30, também faleceram Maria Auxiliadora, 42, e Claudinei Silva, 42.

Ontem, nem o Instituto Médico Legal (IML) possuía informações conclusivas sobre o laudo da necropsia feita nos corpos das três vítimas. Segundo informou um auxiliar de necropsia do IML, o médico responsável pediu que fossem realizados outros exames (com fragmentos de órgãos) para a elaboração de um relatório conclusivo. O resultado desses exames deve sair em dez dias.

O hospital tinha três geradores, sendo que o que atendia a UTI adulto foi ligado manualmente na hora da pane e, não funcionou. "O problema foi no disjuntor", detalha o superintendente do PSMC, médico Manoel Garibaldi.

A Cemat reforçou, via nota de esclarecimento, que a falta de energia elétrica na UTI do HPSMC não foi ocasionada por corte no fornecimento de energia programado pela concessionária e nem por corte acidental.