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Politica Brasil
Quinta - 08 de Novembro de 2012 às 14:13
Por: Vinícius Tavares

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O senador licenciado Blairo Maggi (PR-MT) irá a Brasília na próxima semana para negociar pessoalmente com a presidente Dilma Rousseff (PT) a ocupação de uma pasta na Esplanada dos Ministérios. A visita de Maggi também tem por objetivo reforçar a participação do Partido da República (PR) na formação do terceiro ano de governo de coalisão.

Segundo fontes ouvidas pela reportagem do Olhar Direto, Maggi tem demonstrado interesse no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic), que tem como ministro o ex-prefeito Fernando Pimentel, alvo de denúncias de tráfico de influência.

"Com relação ao Mdic, trata-se de uma pasta para a qual o senador tem totais condições de assumir e fazer um bom trabalho por ser um grande empresário que conhece a área de comércio exterior", afirmou.

Ainda conforme informações dos bastidores, Dilma aproveitará a ocasião para convencer o senador a aceitar o Ministério dos Transportes, que é comandado de forma interina por Paulo Sérgio Passos desde a saída de Alfredo Nascimento após o escândalo envolvendo as ligações entre Carlos Cachoeira coma cúpula dos Transportes.

"São dois ministérios que interessam ao senador. O Minisitério dos Transportes já foi oferecido antes, mas o momento não era propício para ele aceitar. Estas são as duas pastas que caberiam ao PR e ao senador e as negociações começam agora", acrescentou esta fonte.

Não é a primeira vez que Maggi é convidado pela presidente da república a aceitar o Ministério dos Transportes. A primeira investida ocorreu em julho de 2011, época das denúncias que derrubaram também Luiz Antônio Pagot do Dnit, seu principal apadrinhado político, do Departamento Nacional de Infraesteutura de Transportes (Dnit).

Em fevereiro o senador voltou a ser sondado. Na época, Maggi recém havia assumido a liderança do PR no Senado e era visto como o único quadro do PR com condições para ocupar o ministério. Em ambas as situações, Maggi alegou que haveria conflito de interesses por causa de suas empresas. A aproximação de Dima é uma forma de manter o PR na base de apoio ao governo no Senado. A indefinição do Planalto em relação à participação do PR no governo causou irritação no senador, que chegou a anunciar o racha do partido no Senado.

A reforma ministerial está prevista para ser anunciada em janeiro de 2013. Algumas movimentações partidárias já começaram. PT e PMDB reforçaram, em um jantar oferecido esta semana em Brasília, a sua aliança para garantir a governabilidade e para as eleições presidenciais em 2014.

O recém criado PSD, de Gilberto Kassab, pleiteia aocupação de um Ministério que ainda nem saiu do papel, o da Micro e Pequena Empresa, que deve ser entregue à presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), a senadora Kátia Abreu (PSD-TO), que abandonou a oposição e tornou-se amiga íntima da presidente Dilma.

Outra movimentação envolvendo o PSD se refere à possibilidae de fusão com o Partido Progressista com vistas a criar o partido com o maior número de parlamentares (86 deputados, sendo 47 do PSD + 39 do PP) na Câmara Federal e, por consequência, aquele que terá o maior tempo na propaganda eleitoitoral em 2014.






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