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Politica Brasil
Segunda - 06 de Dezembro de 2004 às 20:30

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A prefeita reeleita em Vale do São Domingos, Yolanda de Góes, e o vice-prefeito, Gilberto Souza de Lilo, tiveram seus registros de candidatura cassados na sexta-feira passada (03/12) por compra de votos. Em conseqüência, todos os votos obtidos pela candidata foram considerados nulos. Yolanda foi condenada ainda, a pagar multa pecuniária no valor de 20 mil Ufirs. Segundo o juiz Alex Nunes de Figueiredo, responsável pela 25ª Zona Eleitoral, que jurisdiciona o município, o valor foi baseado na capacidade econômica e financeira da candidata, com o propósito para não mais praticar compra de votos.

O magistrado determinou, também, que fossem remetidas cópias dos autos de Investigação Judicial Eleitoral à Polícia Federal para apuração do crime. Explicou, ainda, que deixou de diplomar os segundo colocados aos cargos prefeito e vice “uma vez que os candidatos cassados foram eleitos com 1.181 votos, obtendo assim, 54,20% dos votos válidos”.

Yolanda já havia sido declarada inelegível no último dia 22/11 (segunda-feira) pelos próximos três anos seguintes por influência do poder econômico. No processo em que Yolanda foi declarada inelegível, constou provas e depoimentos que a candidata utilizou ônibus escolar da Prefeitura no transporte de eleitores para uma festa oferecida por ela no distrito de Adrianópolis, vizinho de Vale do São Domingos. “No dia da malfadada festa, tal veículo foi desviado da sua função normal de transportar alunos para as escolas, e utilizado para transportar eleitores para Adrianópolis. Os alunos foram prejudicados, porque no dia 13 o transporte escolar não foi buscá-los para levá-los à escola”, declarou o juiz em sentença do dia 22/11.

Segundo depoimentos de testemunhas e provas juntadas no processo de investigação, ficou comprovado que Yolanda doou, prometeu e ofereceu benefícios com o fim lucrativo de obter votos. Nos depoimentos foram constatadas propostas de R$70, R$150 e até R$900 em troca dos votos, bem como, a doação de um tanque a uma eleitora que declarou ter mudado seu voto por conta do objeto ganho. Havia ainda, como prova, a gravação da conversa de Yolanda com um eleitor. Contudo, foi considerada ilícita diante do fato de ter sido obtida clandestinamente, ou seja, sem o conhecimento prévio da candidata.

Estavam, também, envolvidos na captação ilegal de votos, a filha, Denise, e o irmão da eleita, conhecido como “Cido”.

Yolanda é a sétima prefeita eleita cassada em Mato Grosso. Antes foram cassados os eleitos em São José dos Quatro Marcos (22/10), Primavera do Leste (25/10), Poxoréo (27/10), Araputanga (05/11), Santa Carmem (18/11) e Dom Aquino (03/12).




Fonte: Da Assessoria

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