Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Quarta - 01 de Dezembro de 2004 às 21:46

    Imprimir


O Pentágono anunciará hoje, quarta-feira, o envio ao Iraque de dois batalhões da 82ª Divisão Aerotransportada e a extensão da estada de duas brigadas nesse país para dispor de mais tropas em vista das eleições, disseram fontes militares.

A insurgência que continua no chamado "triângulo sunita" e a proximidade das eleições para uma assembléia legislativa iraquiana, fixadas para 30 de janeiro, intensificaram nas últimas semanas, em Washington, a discussão sobre a necessidade de um aumento da presença militar americana.

Há um ano, quando havia no Iraque cerca de 130.000 soldados americanos, o Pentágono assegurou que em junho de 2004 ficariam em torno de 105.000, quando a autoridade fosse transferida a um governo interino. Mas a rebelião simultânea de sunitas e xiitas de abril evitou essa redução de tropas.

Os Estados Unidos têm atualmente no Iraque cerca de 138.000 soldados e, através do envio de tropas adicionais e a extensão do serviço de unidades cujo retorno estava programado para dezembro e janeiro, poderia aumentar essa presença em 10.000 soldados para as eleições.

Segundo as cifras do Pentágono, novembro, mês no qual aconteceu a ofensiva e ocupação da cidade de Faluja, terminou com 135 soldados americanos mortos, igualando a cifra recorde de abril.

A suficiência ou insuficiência do contingente militar americano no Iraque foi assunto de debate desde a invasão em março de 2003, e especialmente durante a recente campanha eleitoral.

O ex-administrador civil do Iraque, Paul Bremer, e especialistas em assuntos militares assinalaram que o Pentágono não enviou ao Iraque forças suficientes para controlar o país depois da derrota militar do regime de Saddam Hussein.

O governo do presidente George W. Bush, segundo alguns especialistas, confiou muito na superioridade tecnológica das forças americanas, e foi à campanha esperando que outros países enviariam forças subalternas.

Depois da batalha de Faluja, o especialista Edward B. Takeson, do Centro para Estudos Estratégicos Internacionais (CSIS), disse à EFE que o governo de Bush "tem dificuldades para admitir que errou em seus cálculos".




Fonte: EFE

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/366480/visualizar/