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Politica Brasil
Quarta - 01 de Dezembro de 2004 às 08:28

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A atual prefeita de Colniza, Nelci Capitani (PFL), que teve sua candidatura à reeleição cassada, entrou na Justiça com uma representação eleitoral com pedido de investigação judicial contra o prefeito eleito, Sérgio Bastos dos Santos (PMDB). As alegações são de compra de voto, construção de pontes para benefícios dos munícipes, doações de madeira e de uma ambulância, além de ter transformado em comício uma reunião pública realizada pelo Incra. Algumas das denúncias estão acompanhadas de fitas de vídeo.

Segundo a representação protocolada, o prefeito eleito, conhecido como Serjão, “entregou aos munícipes duas pontes que haviam sido destruídas, tudo com o intuito de obter votos”. Uma das testemunhas citadas afirma que pontes eram queimadas por caminhoneiros na calada da noite e que nos dias subseqüentes o próprio Serjão aparecia no local e dizia que a reforma das pontes ficaria por sua conta. “Serjão estava conversando com um número grande de caminhoneiros que lá estavam parados. O mesmo dizia que ele já tinha mandado vir o pessoal dele para fazer um desvio e a reconstrução da ponte”. Tal fato teria sido usado em discursos políticos.

Além disso, a representação também afirma que um cabo eleitoral do prefeito eleito enviou madeira suficiente para se construir uma casa de 6 x 7 metros a um cidadão. O beneficiado afirma que a madeira era não só para se construir a casa, mas também para pedir votos para Serjão e para um dos candidatos a vereador de sua chapa. Outro fato protocolado diz respeito à entrega de uma ambulância à comunidade Guarimba. Segundo a representação, o veículo havia sido doado por um deputado estadual.

A representação ainda afirma que uma reunião do Incra, para resolver o problema de famílias assentadas, foi transformada num comício por Serjão e por seu vice. E que vários votos foram comprados por santinhos dobrados com notas de R$ 50. O prefeito eleito foi procurado pela reportagem, mas seu celular estava temporariamente desconectado. Ele também foi procurado na AMM, mas já não estava no local às 17h30.




Fonte: Folha do Estado

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