Prefeita reeleita em MT está inelegível por 3 anos

A candidata reeleita como prefeita no município de Vale do São Domingos, Yolanda de Góes, foi declarada inelegível e não poderá disputar nenhuma eleição nos próximos três anos subsequentes. A candidata está inelegível por “influência do poder econômico que, utilizando-se do cargo público de prefeita, moveu a máquina administrativa do Município de Vale de São Domingos, desequilibrando a disputa eleitoral”. Yolanda, entretanto, não foi cassada.

A sentença foi prolatada pelo juiz eleitoral Alex Nunes de Figueiredo, responsável pela 25ª Zona Eleitoral que tem sede em Pontes e Lacerda, na segunda – feira passada (22/11).

Segundo o magistrado, Yolanda não foi cassada “devido à matéria do processo ser abuso do poder econômico e o processo ter sido julgado após as eleições. Caso a matéria fosse a captação de sufrágio, o resultado seria diferente, ela poderia ter sido cassada e impedida de ser diplomada”, disse o juiz. “A matéria de abuso do poder econômico que é regulada pela lei complementar 64/90, declara que se o julgamento for após as eleições, deve-se enviar cópias para o MP para que este requeira a impugnação do mandato eletivo e da diplomação”, complementou Figueiredo.

Até hoje às 14h30 o Ministério Público ainda não tinha apresentado recurso.

Yolanda, que venceu as eleições com 54 por cento dos votos válidos no município, tem outro processo em andamento no Cartório da 25ª Zona Eleitoral, desta vez sobre compra de votos. Este processo ainda não foi sentenciado.

No processo em que Yolanda foi cassada constam provas e depoimentos que a candidata utilizou ônibus escolar da Prefeitura para transportar eleitores para festa que ela oferecia no distrito de Adrianópolis, vizinho de Vale do São Domingos. “no dia da malfadada festa tal veículo foi desviado da sua função normal de transportar alunos para as escolas, e utilizado para transportar eleitores para Adrianópolis. Os alunos foram prejudicados, porque no dia 13 o transporte escolar não foi buscá-los para levá-los à escola”, declarou o juiz em sentença.