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Politica Brasil
Terça - 30 de Novembro de 2004 às 12:25
Por: Carlos Martins

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A prefeitura de Tangará da Serra terá que entrar com um processo no 6° Comar (Comando Aéreo Regional) em Brasília para iniciar a regularização das obras feitas no aeroporto do município. Por não estar homologado no DAC (Departamento de Aviação Civil) como pavimentado, o aeroporto foi interditado e a partir do dia 10 de dezembro estão proibidos pousos e decolagens no local.

Baseado em situações semelhantes, o sargento Iran do 6° Serac estima que o processo de regularização leve pelo mínimo seis meses a partir da apresentação do projeto. Quem pousar na pista a partir do dia 10 de dezembro estará sujeito a penalidades. O proprietário do aparelho terá que pagar uma multa de R$ 4 mil, além de no mínimo R$ 2 mil por tripulante ou passageiro que estiver no aparelho. A recomendação é que todos os aparelhos sejam retirados do aeroporto até o dia 10.

Afora a questão da pista, existem outros aspectos que podem comprometer a segurança no momento da decolagem, tais como uma barreira de eucaliptos plantados junto à cabeceira da pista que já deveria ter sido retirada, além de uma rede de energia elétrica instalada nas proximidades da pista. A prefeitura também não teria providenciado algumas adequações no aeroporto, como a construção de um terminal de passageiros, iluminação e a instalação de uma linha de telefone. Mas segundo o sargento, a irregularidade apontada no relatório apresentado pela fiscalização e que motivou a interdição foi mesmo a execução de obras sem a autorização.

A interdição da pista vai trazer prejuízos aos empresários e a população em geral que utilizavam os aviões da companhia Gensa (General Serviços Aéreos) para se deslocar para a capital e para Campo Grande (MS). A empresa, cuja sede fica em Campo Grande já anunciou que irá suspender os vôos a partir do dia 10 de dezembro. Sediada em Campo Grande, a Gensa faz as linhas de Rondonópolis, Cuiabá, Tangará da Serra, Sinop e Matupá.

O representante comercial da Gensa em Tangará da Serra, Loivo Brum, chegou a alertar a prefeitura da necessidade de corrigir as irregularidades. “Nós comunicamos a Prefeitura sobre a urgência das ações corretivas que se faziam necessárias, mas nenhuma providência foi tomada”, disse o representante.




Fonte: Diário de Cuiabá

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