Só no ano passado, foram mais de 139 mil casos, entre os quais 293 mortes. Segundo o ministério, o desequilíbrio ecológico é uma das principais causas desse crescimento. Isso porque as chuvas de verão desalojam das tocas os animais, que acabam procurando abrigo em casas, e também é nesse período que muitos deles se reproduzem.
Escorpião amarelo é típico do Sudeste e a principal espécie a causar acidentes graves e mortes(Foto: CBN)
Além desses fatores, esses meses coincidem com uma intensificação de atividades agrícolas e passeios por trilhas e cachoeiras, locais propícios para incidentes com cobras e outros bichos peçonhentos.
Apesar disso, os acidentes são mais frequentes nas cidades que no campo. A Região Nordeste concentra o maior número de casos de picadas de escorpiões, com mais de 30 mil registros no ano passado. Entre os estados do país, Minas Gerais lidera, com quase 60% das ocorrências de todo o Sudeste.
Cuidados
Em caso de acidente, o Ministério da Saúde recomenda ir direto para o hospital. Enquanto a vítima não recebe atendimento, deve lavar o ferimento com água e sabão, deixar o membro em uma posição mais alta que o resto do corpo e evitar se mexer.
Ao lidar com jardins ou lavouras, é preciso usar sempre botas de cano longo e luvas de couro. Em casa, é importante examinar as roupas de cama e banho, vedar frestas e buracos em paredes, forros e rodapés, pôr telas nas janelas, fechar os ralos, evitar andar descalço, limpar terrenos baldios e preservar predadores naturais, como pássaros, galinhas, corujas, sapos e lagartixas.
Se houver queimadura por água-viva ou caravela no mar, é necessário aplicar uma compressa de água salgada ou vinagre. Nunca se deve colocar xixi, cachaça, café ou outro tipo de produto sobre a pele, pois isso pode causar infecções.
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