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Arma-se o xadrez para 2006
Estava muito curioso com o encontro que o PSDB no último sábado, em Cuiabá. Tive compromissos e não pude assistí-lo. Queria saber o que o PSDB discutiria depois da vitória em duas cidades importantes como Cuiabá e Sinop, afora outras seis.
Ontem, marquei um encontro com o ex-governador Dante de Oliveira para conversar a respeito. Encontrei um Dante serelepe, sorridente e falador, diferente da última vez que nos vimos, antes do segundo turno da eleição.
A sua tese, que retrata o consenso do encontro e se baseia em alguns pontos:
1- depois do carnaval o PSDB vai fazer uma série de encontros no interior para recompor-se, trabalhar novas lideranças de olho nas eleições de 2006;
2- a decisão unânime sine qua non é a de lançar candidato ao Governo, porque “partido que não lança candidato morre”, diz Dante. O receio, diz ele, é que se não houver um projeto estadual próprio e claro, para garantir a candidatura presidencial do partido a cúpula nacional imporá coligações aos estado ;
3- em relação ao governo Blairo Maggi, ele voltou a repetir a frase dita no encontro de sábado: “é um governo de uma nota só”, referindo-se ao programa de estradas que domina o ideário da administração. Tem críticas em relação ao restante das áreas do governo, deixadas em segundo plano em favor do programa rodoviário;
4- são necessárias políticas que aprofundem a evolução do conceito de governar, a partir do que existia e que precisa continuar existindo, assim como resgatar um programa estratégico de desenvolvimento;
5- ainda no plano político, a tese é a de construir uma cabeça da chapa forte a fim de dar visibilidade eleitoral e assimilar alianças políticas indispensáveis em 2006. “Sozinhos não iremos a lugar nenhum”, diz Dante;
6- Os nomes disponíveis para liderar a cabeça de chapa na disputa ao governo são os do senador Antero Paes de Barros, do ex-governador Rogério Salles e do prefeito de Sinop, Nilson Leitão. Ele próprio, insiste em disputar uma vaga para o Congresso Nacional, preferencialmente como deputado federal. Em condição de absoluta segurança, a de senador, “para não entrar em bola dividida”;
7- A disputa do PSDB ao Senado deverá ser destinada a partidos do arco de alianças que vier a se formar para a eleição;
8- Por fim, do mesmo modo que as eleições municipais de 2004 indicaram o PSDB como o contraponto ao governo nacional do PT, em Mato Grosso o partido deverá repetir a mesma posição.
A percepção que já se vislumbra é que a sucessão estadual começou muito cedo, tanto em função do resultado das eleições municipais, quanto dos quadros eleitorais que estão se desenhando em Mato Grosso. Independente dessas decisões do PSDB, as articulações indicam que o universo de forças políticas está se armando de uma forma muito mais agressiva do que em 2002. E, por fim, as fidelidades nas coligações zeraram ou vão começar a zerar logo nos primeiros meses do ano que vem.
EM TEMPO: a propósito do artigo “"Paranóia ambiental ou contradições legais?", de domingo, a Fema informa que a obra da passarela interditada no Jardim das Américas possui licença ambiental e o EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental), foi dispensado porque não é necessário em empreendimentos como a passarela.
Onofre Ribeiro é articulista deste jornal e da revista RDM
onofreribeiro@terra.com.br
Ontem, marquei um encontro com o ex-governador Dante de Oliveira para conversar a respeito. Encontrei um Dante serelepe, sorridente e falador, diferente da última vez que nos vimos, antes do segundo turno da eleição.
A sua tese, que retrata o consenso do encontro e se baseia em alguns pontos:
1- depois do carnaval o PSDB vai fazer uma série de encontros no interior para recompor-se, trabalhar novas lideranças de olho nas eleições de 2006;
2- a decisão unânime sine qua non é a de lançar candidato ao Governo, porque “partido que não lança candidato morre”, diz Dante. O receio, diz ele, é que se não houver um projeto estadual próprio e claro, para garantir a candidatura presidencial do partido a cúpula nacional imporá coligações aos estado ;
3- em relação ao governo Blairo Maggi, ele voltou a repetir a frase dita no encontro de sábado: “é um governo de uma nota só”, referindo-se ao programa de estradas que domina o ideário da administração. Tem críticas em relação ao restante das áreas do governo, deixadas em segundo plano em favor do programa rodoviário;
4- são necessárias políticas que aprofundem a evolução do conceito de governar, a partir do que existia e que precisa continuar existindo, assim como resgatar um programa estratégico de desenvolvimento;
5- ainda no plano político, a tese é a de construir uma cabeça da chapa forte a fim de dar visibilidade eleitoral e assimilar alianças políticas indispensáveis em 2006. “Sozinhos não iremos a lugar nenhum”, diz Dante;
6- Os nomes disponíveis para liderar a cabeça de chapa na disputa ao governo são os do senador Antero Paes de Barros, do ex-governador Rogério Salles e do prefeito de Sinop, Nilson Leitão. Ele próprio, insiste em disputar uma vaga para o Congresso Nacional, preferencialmente como deputado federal. Em condição de absoluta segurança, a de senador, “para não entrar em bola dividida”;
7- A disputa do PSDB ao Senado deverá ser destinada a partidos do arco de alianças que vier a se formar para a eleição;
8- Por fim, do mesmo modo que as eleições municipais de 2004 indicaram o PSDB como o contraponto ao governo nacional do PT, em Mato Grosso o partido deverá repetir a mesma posição.
A percepção que já se vislumbra é que a sucessão estadual começou muito cedo, tanto em função do resultado das eleições municipais, quanto dos quadros eleitorais que estão se desenhando em Mato Grosso. Independente dessas decisões do PSDB, as articulações indicam que o universo de forças políticas está se armando de uma forma muito mais agressiva do que em 2002. E, por fim, as fidelidades nas coligações zeraram ou vão começar a zerar logo nos primeiros meses do ano que vem.
EM TEMPO: a propósito do artigo “"Paranóia ambiental ou contradições legais?", de domingo, a Fema informa que a obra da passarela interditada no Jardim das Américas possui licença ambiental e o EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental), foi dispensado porque não é necessário em empreendimentos como a passarela.
Onofre Ribeiro é articulista deste jornal e da revista RDM
onofreribeiro@terra.com.br
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/366825/visualizar/
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