Antero insiste para ouvir Arcanjo

O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Banestado (CPMI), senador Antero Paes de Barros (PSDB), disse que os parlamentares tentarão de novo colher o depoimento do ex-policial civil João Arcanjo Ribeiro, preso no Uruguai sob acusação de comandar o crime organizado em Mato Grosso.

"Já tentamos umas quatro vezes, todas sem sucesso. Mas, vamos tentar mais uma vez ouvir o comendador, por meio de Carta Rogatória e, se possível, realizar uma diligência no Uruguai", afirmou o senador tucano.

A CPMI do Banestado aprovou ontem o cronograma apresentado por Antero e pelo relator, deputado José Mentor (PT-SP). Está previsto, por exemplo, que o parecer final da Comissão deverá ser apresentado no dia 7 de dezembro.

Antero de Barros disse que, depois de apresentado o relatório, os parlamentares terão prazo de cinco dias para apresentarem destaques, emendas e substitutivos. "A votação do relatório final está prevista para os 14 e 15, podendo ser estendida caso haja prorrogação das atividades parlamentares. Não é nosso interesse estender a CPI até 2005", disse o senador.

Outras propostas previstas no cronograma aprovado pela CPI do Banestado estão, além da tentativa de interrogar Arcanjo, diligências em São Paulo para investigar o Banco Real, um dos bancos que operou via Foz do Iguaçu, e completar oitivas anteriormente previstas.

O senador mato-grossense disse que na comissão existiram equívocos e erros, mas que, segundo ele, nada impede que o relatório seja consistente. "Todos terão conhecimento pormenorizado das investigações feitas e, com certeza, ofereceremos um relatório que satisfaça a sociedade brasileira", afirmou o senador Antero.